Valadares: depois de rebelião cerca de 600 presos são transferidos para outras unidades
Até o final da tarde deste domingo (7), cerca de 600 detentos do Presídio de Governador Valadares (MG) foram transferidos para outras unidades prisionais do estado, após o fim de uma rebelião que durou quase 24 horas. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), que confirmou que duas pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas durante o motim. Os detentos foram transferidos para os presídios de Juiz de Fora, Ipatinga e Teófilo Otoni .
A rebelião começou no inicio da manha deste sábado (6) , depois que presos dos blocos B e D quebraram as grades das celas – e que terminou por volta das 6h deste domingo, após muita negociação. A Secretaria de Defesa Social garante que a situação está sob controle. A Seds informou que os corpos dois mortos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal para necropsia. Dos 10 feridos, dois estão internados em um hospital de Governador Valadares, em estado grave.
Um dos problemas reclamados pelos presos rebelados é a superlotação da prisão de Governador Valadares, que tem capacidade para 290 detentos e abrigava quase o triplo – 800. O presídio ficou parcialmente destruído com a rebelião.
O secretário de Defesa Social, Bernardo Santana, anunciou que as obras de recuperação da unidade prisional começam nesta segunda-feira (8), acatando determinação do governador Fernando Pimentel. “A ordem do governador é fazer um levantamento da situação do presídio e começar imediatamente na manhã dessa segunda-feira (08) as obras de reforma, para que sejam retomadas as atividades normalmente” disse o secretário.
A Secretaria de Estado de Defesa Social informou também por meio de nota que foi realizada uma vistoria no local a partir das 10h e há várias celas intactas e outras com danos nas portas. “Partes estruturais do presídio, como pilares e vigas não foram abaladas”. Ainda segundo a nota, a reforma do presídio não será de grande custo financeiro e nem demandará prazo longo. A data de conclusão não foi informada.
Durante toda a noite de sábado para domingo, a estratégia da Polícia Militar era cansar os detentos para agir na manhã deste domingo. De hora em hora, militares jogavam bombas de efeito moral e um helicóptero ficou sobrevoando o presídio.Por volta das 06h10, os detentos subiram no telhado e exigiram conversar com o Juiz da vara criminal de Valadares, Tiago Colnago Cabral, para se entregarem. Segundo a Seds, por volta de 6h30 os presos começaram a se render. “Eles levantavam aos mãos e, aos poucos, iam sendo algemados e embarcados em veículos do Sistema Prisional de Minas Gerais para transferência”.
Entenda o caso
De acordo com a Secretaria de Defesa Social, a rebelião começou no fim da manhã deste sábado (06) depois que presos dos blocos B e D quebraram as grades das celas. Em seguida tomaram outros pavilhões e a área administrativa do presídio.
A negociação começou por volta das 12h de sábado. O major do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar de Minas Gerais ficou à frente das negociações. O juiz da vara criminal de Valadares, Tiago Colnago Cabral chegou local por volta das 13h para ajudar na negociação com os detentos.
Segundo o presidente da OAB de Governador Valadares, Elias Souto, os presos reivindicam uma solução para o problema da superlotação no presídio.
Linhares: Rota do cacau capixaba, o novo destino turístico que conecta cultura e sabor no Espírito Santo
O Espírito Santo ganhou um novo atrativo turístico com a criação da Rota do Cacau Capixaba…