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Saúde - 8 de dezembro de 2014

Tratamento do câncer: 5 avanços que mudam radicalmente a visão que temos da doença

 

Apesar de ainda ser uma doença muito frequente, o câncer tem cada vez mais chances de cura. O índice de mortalidade que era de 70% há 50 anos, hoje é menor que 50%. Tudo isso graças às pesquisas científicas, que permitiram que a tecnologia e a prática médica não parassem de evoluir. Apesar de muita coisa ter avançado, quem é diagnosticado com a doença costuma sofrer muito ao pensar que terá que encarar um tratamento penoso, marcado por aquela imagem que temos, por exemplo, de Carolina Dieckmann raspando os cabelos e sofrendo com duras náuseas da sua personagem de Laços de Família. Hoje, em grande parte dos casos, não é mais assim. O tratamento é difícil, mas muitas das imagens que temos dele mudaram. Veja a seguir como cinco pontos importantes do tratamento do câncer progrediram e mudaram a forma de lidar com a doença.

Radioterapia só atinge a área doente

O cirurgião oncologista Thiago Celestino, do Hospital A.C. Camargo, explica que o desenvolvimento de aparelhos cada vez mais sofisticados possibilitou que a radioterapia seja feita de maneira localizada, tratando apenas a área cancerosa e poupando as outras estruturas. “Isso melhorou muito a qualidade de vida dos pacientes, que deixaram de ter efeitos colaterais”, explica. “Pacientes com câncer de cabeça e pescoço, por exemplo, deixaram de sofrer com boca seca e perda do paladar”. Outra vantagem da radioterapia localizada é que podem ser usadas doses maiores de radiação, com isso, espera-se que a possibilidade de cura seja maior.

Diagnóstico precoce: chance de cura próxima a 100%

Nos últimos anos, o Ministério da Saúde passou a fazer o chamado “rastreamento do câncer”. A partir desse programa, os exames de diagnóstico são feitos antes mesmo que haja qualquer sintoma de doença. A mamografia, que deve ser feita por todas as mulheres a partir dos 50 anos, e o exame de Papanicolau, que é feito a partir do início das atividades sexuais, são exemplos. Isso permite que tumores sejam descobertos logo no início do seu desenvolvimento e tenham chances muito grandes de cura. Para o tumor de mama, por exemplo, a possibilidade de eliminação da doença é de 90%.

Genética ajuda na escolha dos medicamentos

Hoje é possível fazer um mapeamento genético do paciente e identificar exatamente quais serão as drogas que funcionarão melhor para cada caso. Além disso, é possível identificar a dose de medicação que será bem tolerada.

Quimioterapia não é sinônimo de mal estar e pode ser feita em casa

Atualmente existem algumas medicações que não causam queda de cabelo, náuseas, diarreia e tantos outros efeitos colaterais da quimioterapia e que podem, inclusive, ser tomados em casa. Existem diversos tipos de quimioterapia, e o que o paciente tomará depende de qual é sua doença, o tratamento elegido pelo médico, a evolução da doença, entre outras avaliações do especialista. Algumas drogas são menos agressivas e hoje o paciente é melhor preparado antes de se submeter à medicação para reduzir e até evitar os desconfortos. O oncologista Thiago Celestino explica que a maior mudança está nai assistência. “O suporte dado ao paciente evoluiu muito, se uma medicação que causa mal estar vai ser tomada, podemos dar outra que vai atenuar os sintomas”, explica. Mais uma evolução da quimioterapia é a terapia alvo, cujos medicamentos agem apenas nas células doentes, sem comprometer as saudáveis.

Cirurgia nem sempre é mutiladora

O surgimento da cirurgia robótica fez com que os procedimentos cirúrgicos que antes eram mutiladores se tornassem minimamente invasivos. “Antes, era comum que após a retirada de tumores da próstata o paciente ficasse impotente ou com incontinência urinária, com esse avanço isso não acontece com tanta frequência”. Esse método, no entanto, tem alto custo e não está disponível no Sistema Único de Saúde.

Já no caso do câncer de mama, quando a cirurgia é necessária, a paciente dificilmente terá que se ver no espelho sem os seios. Antigamente muitas mulheres se sentiam mutiladas, pois a reconstrução do seio, quando acontecia, era feita muito tempo depois da sua retirada. Hoje a paciente que precisa retirar sua mama já conta com uma equipe de cirurgiões plásticos para fazer a reconstituição na mesma cirurgia, reduzindo o impacto psicológico negativo.

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