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Teófilo Otoni: Crise e polêmicas marcam os primeiros 40 dias do governo “coroné”, onda de cortes, perseguições e clima de tensão tem assustado geral
Marinho decreta calamidade financeira, corta benefícios de servidores e gera clima de instabilidade administrativa
Os primeiros 40 dias do governo do prefeito Coronel Fabio Marinho dos Santos (PL) em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, já são marcados por uma série de polêmicas e medidas que geraram mal-estar entre servidores e a população. Conhecida por sua hospitalidade e pujança comercial, a cidade, que nos últimos anos viveu um ciclo de obras e avanços sociais, agora enfrenta um cenário de incertezas e tensão. Decretos de calamidade financeira, cortes de benefícios e denúncias de perseguição política são alguns dos pontos que têm chamado a atenção de moradores e até de observadores externos.
A gestão anterior, liderada por Daniel Sucupira (PT), havia deixado um legado de investimentos em infraestrutura, saúde e lazer, com destaque para mutirões de cirurgias, pavimentação de ruas e a realização de festas populares que movimentaram a economia local. No entanto, desde que assumiu o cargo em janeiro de 2025, o novo prefeito adotou medidas drásticas, como a suspensão de licenças, férias-prêmio e gratificações dos servidores públicos. Além disso, a ajuda de custo para funcionários que cursam faculdade foi cortada, e o Hospital do Câncer da cidade quase foi alvo de uma invasão pela nova gestão, que também loteou cargos públicos com policiais da reserva.
A saúde pública, que já enfrentava desafios, parece ter piorado. Há mais de 30 dias, os exames laboratoriais nas unidades de PSF não são regularizados, e crianças atípicas estão sem atendimento adequado. O programa de cirurgias, que beneficiava a população até o final de 2024, ainda não teve sua continuidade garantida. Enquanto isso, servidores relatam um clima de perseguição, com monitoramento de redes sociais e até a presença de armas de fogo em prédios públicos, o que contraria a expectativa de um ambiente seguro e acolhedor para a população.
Declarações de servidores anônimos reforçam o clima de medo e insatisfação. “Estamos sendo vigiados o tempo todo, como se fôssemos inimigos. Isso não é gestão pública, é autoritarismo”, relatou um funcionário que preferiu não se identificar. Já o prefeito Fabio Marinho justifica as medidas como necessárias para “reorganizar as contas públicas”, mas não detalha como pretende superar a crise sem prejudicar ainda mais a população.
A situação em Teófilo Otoni serve como um alerta sobre os riscos de mudanças bruscas na gestão pública, especialmente em um momento em que a cidade precisa de continuidade e planejamento. Enquanto a nova administração tenta se consolidar, os cidadãos esperam por soluções que garantam o bem-estar e o desenvolvimento da região, sem abrir mão dos avanços conquistados nos últimos anos. O que está em jogo não é apenas a imagem do governo, mas o futuro de uma cidade que merece seguir crescendo com dignidade e respeito.
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