Sarampo tem prevenção, porque não tem eficiência?
É caótico o quadro geral da saúde pública no Brasil, e deve-se isso, sobretudo, a ineficiência das autoridades que atuam nessa área no âmbito federal. Vem ocorrendo, no entanto, em estados e cidades cujos responsáveis agem com seriedade e rigor nesse campo, um fenômeno que nos leva à perplexidade, principalmente por ser fruto de um questionável comportamento de parte da população — aquela que se manifesta contrariamente ao método de imunização por meio de vacinas, sem que exista para tal atitude o menor embasamento científico.
Vale observar, ainda, que tal repulsa à vacinação raramente se dá nos estamentos sociais mais carentes de recursos e informação, mas se manifesta, isso sim, nas classes sociais que possuem fácil acesso ao esclarecimento e melhores condições de vida. Nos últimos dias, na cidade de São Paulo vê-se um assustador aumento nos casos de sarampo, apesar de as autoridades que respondem pela saúde pública estarem cuidando corretamente do caso e disponibilizando à população fartos lotes de vacinas.
De meados de junho até a quarta-feira 24 a escalada da epidemia bateu na casa dos 1.034%. O público alvo da vacinação está na faixa etária entre os quinze e os vinte e nove anos, porque é composto de pessoas que já nasceram em uma época na qual essa grave doença estava erradicada no País — ou, pelo menos, sensivelmente enfraquecida. A meta de cobertura vacinal corresponde a três milhões de indivíduos, e há doses para se chegar a esse objetivo. Absurdamente, porém, não mais que cento e oitenta mil pessoas se vacinaram, frisando-se que até em estações do metrô instalaram-se postos e equipes.
É como se fosse necessário implorar para que o chamado à prevenção seja atendido, quando está em jogo uma enfermidade que pode deixar graves sequelas, afetar o sistema neurológico e matar. “O público alvo é justamente o que menos está procurando os postos de vacinação”, diz a médica Marta Lopes, professora do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP
noticia10/istoé
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