São Mateus: SOMA URBANISMO vendeu um sonho no paraíso com o “Golden Guriri”, e vai entregar um “pesadelo no inferno”, além de um possível crime ambiental
O Golden Guriri, projetado para ser um paraíso, revela-se um pesadelo financeiro, com acusações de promessas quebradas e prejuízos que podem chegar à casa dos milhões.
O sonho de muitos brasileiros de ter um refúgio à beira-mar está se transformando em frustração. Anunciado pela SOMA Urbanismo como o destino ideal para quem deseja viver próximo à natureza, o Residencial Golden Guriri prometia unir o charme de um dos destinos mais valorizados no Brasil, o Balneário de Guriri em São Mateus, Espírito Santo, ao conforto e exclusividade de um resort. No entanto, o que deveria ser o “pedacinho do paraíso” está se revelando um pesadelo financeiro e potencialmente criminoso para seus compradores.
Segundo os relatos, a SOMA Urbanismo vai entregar boa parte dos lotes com um sério problema: terrenos abaixo do nível das alamedas e vias internas. O resultado? Os proprietários terão que arcar com elevados custos de terraplanagem, que podem ultrapassar R$ 50 mil por lote – ou quase 25% do valor total investido na compra. Com esses custos não previstos, o empreendimento que deveria ser um sonho acessível agora exige investimentos adicionais altos para viabilizar qualquer construção.
Alguns donos de lotes no Golden Guriri que nos procuraram, expressaram indignação com a falta de apoio da SOMA Urbanismo para solucionar o problema. “Nos venderam um sonho, mas estamos recebendo um problema disfarçado”, afirma um dos proprietários. A empresa, no entanto, defende que os ajustes técnicos, como o aumento das vias e o desnível nos terrenos, foram feitos para garantir a segurança contra possíveis enchentes, especialmente após as fortes chuvas do final de 2022.
Mas por que, então, esses “ajustes” não foram comunicados aos compradores previamente? Pior ainda: por que não houve um plano para mitigar os impactos sobre quem já havia feito um investimento?
Ao investigar as licenças ambientais e o projeto inicial do Golden Guriri, nossa equipe descobriu algo alarmante: na documentação do empreendimento, que foi possível conseguirmos um acesso, não inclui estudos sobre os recorrentes problemas de alagamento no Balneário de Guriri. Mesmo com a constante presença de inundações, a SOMA Urbanismo garantiu aos clientes, em suas peças publicitárias, que os lotes seriam entregues “aptos para construção”.
Para piorar, moradores que tentam contato com a empresa para entender e resolver o problema relatam um verdadeiro jogo de empurra. Em busca de esclarecimentos, nossa equipe foi até o escritório da Soma Urbanismo, e, também foi orientada pela SOMA a procurar um representante, Pedro Ximenes, e até ligar para o 0800, sem sucesso. Ao tentarmos visitar o local, fomos barrados na entrada, impedidos de conhecer a real situação das obras e do empreendimento. Até o fechamento dessa matéria, não obtivemos nenhuma resposta da empresa.
Nossa reportagem foi em busca de especialistas no assunto, e engenheiros ambientais consultados por nossa equipe destacam que, caso as alterações que estão sendo feitas, fora do escopo do projeto estejam ou venham afetar o ecossistema local sem a devida compensação ambiental, o empreendimento pode estar cometendo crime ambiental. As práticas de nivelamento sem um projeto atualizado e a possível negligência com os impactos sobre o bioma costeiro são preocupantes, levantando questões éticas e jurídicas sérias sobre a conduta da SOMA Urbanismo.
As redes sociais do empreendimento, cheias de promessas idílicas e imagens de luxo, contrastam fortemente com as queixas de clientes que sofrerão com as consequências financeiras de um projeto que, segundo eles, não corresponde ao que foi vendido. Com a falta de respostas concretas da empresa, a indignação dos proprietários cresce, e a SOMA Urbanismo pode enfrentar um caminho tortuoso na Justiça caso não reveja a forma como lida com seus clientes.
O sonho no paraíso vendido pela SOMA está, literalmente, afundando.
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