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Espírito Santo - 21 de novembro de 2019

São Mateus: Capital do Espírito Santo é transferida simbolicamente para a cidade.


“Nós precisamos ocupar os espaços de fala, voz e de decisão”. A afirmação foi da vice-governadora do Estado, Jaqueline Moraes, a primeira mulher negra a ocupar o cargo na história, durante a transferência simbólica da Capital do Estado para a cidade de São Mateus. A solenidade aconteceu na manhã desta quarta-feira (20) no Palácio Municipal e contou ainda com a participação do secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha, e de autoridades do município.

A transferência simbólica da Capital é prevista pela Lei Estadual nº 8.790, de 28 de dezembro de 2007, é alusivo ao Dia Nacional da Consciência Negra e faz parte da programação da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) para o “Novembro Negro”. Durante a solenidade, a vice-governadora destacou a importância do ato e o motivo da escolha de São Mateus para representar a data.

“O município é bastante representativo para a comunidade negra do Estado. Uma cidade emblemática para reverenciarmos a história da luta e da conquista dos negros. Aqui temos uma diversidade cultural muito rica, com jongo, reis de boi, ticumbi e várias outras manifestações populares. Esta cidade é um polo cultural e precisamos investir aqui, pois tem todas as condições para florescer um espaço cultural, político, econômico e turístico que vai contribuir para o desenvolvimento do Estado. Este é o momento de somar esforços nesse sentido”, disse.

E complementou: “O Brasil tem uma dívida com esse povo! O negro ajudou a construir o país em que vivemos, mas o ideal ainda está longe de ser alcançado. Não podemos esquecer a cultura africana que é tão forte e rica. Nós negros temos que pensar além das políticas afirmativas nas representatividades afirmativas. As pessoas precisam se reafirmar como negros. Eu sou mulher, negra e estou vice-governadora do Espírito Santo. O médico negro precisa dizer: eu sou médico e negro. Isto pode ser para o garoto que está na comunidade uma forma de inspiração e entendimento de que eles também podem, além de criar oportunidades. Então, este olhar para a representatividade, do lugar de fala, é também muito importante”, ressaltou.
Noticia10/secomES

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