Home Notícias Mundo Racismo com a realeza Britânica pode ter sido o estopim do conto de fadas “a gata borralheira” do século 21
Mundo - 14 de janeiro de 2020

Racismo com a realeza Britânica pode ter sido o estopim do conto de fadas “a gata borralheira” do século 21


“A imprensa britânica teve sucesso em seu aparente projeto de assediar Meghan Markle, duquesa de Sussex, para que vá embora da Grã-Bretanha.” A professora de jornalismo Afua Hirsch, publicou quinta-feira o artigo “negros britânicos sabem porque Meghan Markle quer ir embora” no The New York Times. Sua coluna criticou a monarquia como “centro simbólico do establishment” responsável pela noção de um Império Britânico “construído com base em uma doutrina de supremacia branca”. Também descreveu o “tratamento racista” que a canadense sofre na mídia britânica desde o anúncio de seu noivado com o príncipe Harry da Inglaterra e as iradas reações diante da vontade dos duques de Sussex de se tornar “independentes” da família real britânica e viver na América do Norte.

Entre outros episódios, a autora lembra que a imprensa se referiu ao DNA de Markle como “exótico” (ela é mestiça), que o primeiro filho do casal, Archie, foi comparado com um chimpanzé na BBC, e que se insinuou que o fato de ela gostar de abacate é “responsável por assassinatos em massa”. E expõe a hipocrisia de que Markle tenha sido “condenada” de forma quase unânime na mídia por ter trabalhado como editora convidada na revista Vogue, enquanto se aplaudia e elogiava que Kate Middleton tenha feito a mesma coisa no The Huffington Post e que o príncipe Charles fizesse isso em duas ocasiões na revista Country Life.
“Esse tratamento comprova o que muitos de nós já sabemos: não importa o quanto você seja bonita, com quem se case, que palácios ocupe, que causas apoie, o quanto seja fiel ou quanto dinheiro acumule: nesta sociedade, o racismo sempre a perseguirá”, assina Hirsch.
A jornalista diz que “a imprensa britânica, depois de atacar o casal continuamente, agora reage com choque a essa mudança”. Uma reação irada que evidenciou não só o racismo cotidiano contra Markle (o colunista Owen Jones resumiu isso numa paródia, publicando em suas redes uma oportuna montagem com o filme de terror Corra!, aqui protagonizada pela família real britânica), como também altas doses de machismo e classismo contra a duquesa de Sussex.
noticia10/elpais

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