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Brasil - 3 de novembro de 2014

Novembro Negro ou Azul? Querem acabar com o mês de enfretamento ao preconceito

 

Estamos vivendo neste mês dois momentos distintos e importantes: a campanha pela prevenção do câncer de próstata, prevenção e estímulo para que o homem faça o toque a partir dos cinquenta anos e o autoexame no órgão genital.  Por outro lado, estamos vivendo também o mês da Consciência Negra, data muito esperada não só pela comunidade afro descente, mas, por todos aqueles que prezam pela igualdade, justiça social, respeito a diversidade e aos direitos das minorias.

A questão é, o Novembro Azul pode atrapalhar as reflexões, manifestações e semana da Consciência Negra? Se pensarmos que todo homem precisa fazer exame de prevenção, não só em novembro, mas durante todo ano, então esta campanha poderia ter começado a ser feita de janeiro a dezembro. Como o mês foi marcado por conta de 20 de novembro, data em que se comemora o nascimento de Zumbi dos Palmares, tradicionalmente virou um mês importante, já que o 13 de maio já não representam mais os anseios da comunidade afros descentes e de todos os brasileiros.

Outra questão é como reagiriam as mulheres se o “Outubro Rosa” virasse Março Rosa, mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres? Será que atrapalharia as reflexões e campanhas pelos direitos das mulheres ou complementaria? Quando se fala em mulher, fala-se em saúde, respeito, a não violência, igualdade, opressão, lutas, conquistas etc. Não pode ser uma data comum. As mulheres conquistaram alguns direitos, mas ainda há muito por conquistar. Logo não poderia existir só um mês para a campanha de prevenção do câncer de mamas. Teria que ser todos os meses e março como marco de lutas e conquistas das mulheres.

Por que novembro também não pode ser assim? Deixar o mês como “Novembro Negro” e a campanha “Novembro Azul” virar Dezembro Azul e fazer a campanha de prevenção do câncer de próstata e genital o ano todo.  Datas importantes como o Mês das Mulheres e o mês da Consciência Negra não podem ficar em segundo plano. As campanhas devem fazer parte deste movimento maior. Prevenção é fundamental para homens e mulheres, deve estar inserida dentro das datas tradicionais. Ter uma data para lembrar é importante, mas é preciso falar de direitos e igualdades todos os dias. É preciso falar de prevenção, fazer debates, palestras e campanhas todos os dias, só assim, teremos uma sociedade melhor, mais consciente dos seus direitos fundamentais e mais saudável.

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