Mucuri: Suzano promove mazelas e obtém incentivos do governo capixaba.
A Suzano papel e celulose parece mesmo ter se consolidado, não só como uma grande produtora mundial de papel e celulose, mais como também a grande Joana do norte do Espírito Santo e Extremo Sul da Bahia. Haja vista que na “casa da mãe Joana” que se formou essa região quem vem dando as cartas é a Suzano. Numa competição onde só o grupo Suzano se sagra vencedor parece que mais uma vez políticos, gestores e agora o estado do Espírito Santo se curva diante do poderio econômico do grupo.
Desta vez, sem se importar com as recentes denúncias envolvendo as empresas de papel e celulose, que atuam direta ou indiretamente no estado (Fibria e Suzano) como áreas onde se concentram exatamente os maiores problemas de conflitos históricos com as comunidades indígenas, quilombolas e campesinas; onde Existe uma dívida social, ambiental, cultural e econômica que se agiganta cada vez mais com as populações locais, Capixaba e Baiana. O estado do Espírito santo acaba de conceder mais incentivos fiscais ao grupo.
Depois de ser beneficiada com os incentivos fiscais destinados ao setor atacadista, a empresa Suzano Papel e Celulosa voltou a ser contemplada por incentivos do governo estadual. Desta vez, a fábrica de celulose foi incluída entre os beneficiários do Programa de Incentivo ao Investimento no Espírito Santo (Invest-ES). De acordo com os termos da Resolução nº 888, publicada na sexta-feira (27) de dezembro do ano passado no Diário Oficial do Estado, a Suzano vai contar com a redução na carga tributária, diferimento (postergação) no pagamento de tributos e até de receber créditos de ICMS.
A Suzano também contará com vantagens na importação de insumos e matérias-primas, bem como terá a possibilidade de realizar transações com alíquota reduzida para outras beneficiárias do Invest-ES. A resolução prevê ainda a existência de crédito presumido de até 70% nas operações interestaduais, ou seja, mais de dois dos tributos devidos podem retornar à empresa na forma de crédito.
Esses benefícios fiscais vão se somar as condições privilegiadas concedidas pelo governo ao enquadrar as atividades da Suzano com uma das empresas atacadistas dentro dos chamados Contratos de Competitividade (Compete-ES), cuja legalidade está sendo analisada pela Justiça. Com a adesão ao contrato, no início deste mês, a fábrica de celulose pode atuar em seu negócio-fim (a venda de papel) com os mesmos benefícios previstos às demais atacadistas que recolhem apenas 1% dos 12% do tributo devido nas operações interestaduais.
Na contrapartida da Suzano papel e celulose O que se vê hoje, são projetos como a piscicultura e a mandala literalmente abandonados, e as pessoas desesperadas a procura de algum sustento para as suas famílias. Rios, lagos e córregos contaminados ou quase mortos pelas ações da Suzano e a matéria prima do seu produto, o eucalipto, denúncias e mais denúncias de abuso de poder e plantio de eucalipto em áreas de preservação permanente (APPs), por exemplo, em áreas de nascentes, em borda de falésias e em áreas de mangue, ferindo a Lei 4.771/65 (Código Florestal).
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