Home Cidade e Região Bahia Mucuri: Suzano planeja demissões alegando crise, mais presidente da empresa diz que nunca estiveram tão bem.
Bahia - 14 de agosto de 2015

Mucuri: Suzano planeja demissões alegando crise, mais presidente da empresa diz que nunca estiveram tão bem.

 

A Suzano papel e celulose, segunda maior produtora mundial do segmento, planeja uma série de demissões até o fim do ano de 2015 alegando contenção de gastos e adequação ao atual cenário de “instabilidade” econômica mundial. Segundo informações cerca de trinta funcionários perderão seus empregos numa primeira ação de corte e o número previsto é de cinquenta demissões até o mês dezembro, para os diretores regionais da unidade Mucuri essa é uma medida necessária face as instabilidades financeiras global que também começam a atingir o setor de papel e celulose.

Na contramão do vem pregando os diretores regionais da Suzano papel e celulose unidade Mucuri, o presidente da Suzano papel e celulose, Walter Schalka, disse em entrevista a um grande jornal de circulação nacional nesta sexta feira,14, que a Suzano está alheia a recessão em que o país enfrenta, afirma que o seguimento de papel e celulose tem sido muito lucrativo com a alta do dólar e ainda divulga novos investimentos da companhia, como a aposta em mercados de substitutos para os derivados de petróleo. Para a Suzano segundo o seu presidente o momento nunca foi tão oportuno e é “chegada a hora de investir em alternativas de mercado”

Na Suzano unidade Mucuri, acredita-se que as demissões irão contemplar um seleto grupo de funcionários, principalmente aqueles com tempo de empresa superior a dez anos e com idade acima dos quarenta, esses provavelmente estarão figurando na lista de corte e ajuste que será promovido pela empresa. Sem uma palpável explicação sobre os reais motivos desses prováveis ajustes, a Suzano papel e celulose unidade Mucuri já começa a gerar um certo temor na região, uma vez que a empresa é a principal força matriz da economia regional.

Políticos da região já começam a se mobilizar para evitar mais esse “atentado” que a Suzano pretende promover na região, se aproveitando de uma condição que não está se aplicando nem a ela nem ao setor produtivo no qual ela está inserida. Para o vereador de Nova Viçosa Milton Mutuca, a “hora é de cobrar expansão da oferta de mão de obra e não de corte de funcionários, eles (Suzano) já promoveram algo semelhante quando fomentaram a primarização, centenas de pais de família da região perderam seus empregos, acreditaram que seriam relocados mais infelizmente estes não eram figurantes na lista de público alvo da empresa, estavam acima dos quarenta anos e com pouca escolaridade” concluiu o vereador.

Numa fala de meia culpa, Walter Schalka disse que apesar de estarem alheios a crise, ela existe e que o Brasil precisa de uma agenda para enfrentá-la, cita de forma positiva e acertadas as medidas que a presidente Dilma vem tomando para contornar o momento atual e alega ainda que precisam ser cautelosos nas apostas. Talvez o senhor Walter Schalka tenha sido mal interpretado pelos seus comandados, que na unidade Mucuri tem ascendido a luz da redução do quadro de funcionários alegando o contrário daquilo que seu presidente tem afirmado.

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