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Bahia - 17 de outubro de 2013

Mucuri: Suzano não cumpre promessa de emprego, dá calote social e comunidade paralisa povoado de cruzelândia.

 

A comunidade de Cruzelandia, Município de Mucuri, distante da sede cerca de 80 km, mantém desde a última segunda feira dia 14 todos os acessos do povoado que têm aproximadamente 1000 (Mil) habitantes bloqueados, apenas ambulâncias e doentes entram ou saem da comunidade, que abriga também núcleos de ensino fundamental e médio, estando parte desses alunos prejudicados por não terem acesso à escola. O único ônibus que faz a linha Pedro canário no Espírito Santo a Cruzelandia da empresa cordial transportes também está impossibilitado de cumprir com sua rota diária.

Todos esses transtornos estão sendo motivados devido a uma cobrança da comunidade por geração de emprego e renda, visto que desde a “famigerada” operação cruzeiro do sul que derrubou todos os fornos e proibiu a prática de fazer carvão no final de 2011 gerou um desemprego em massa para Cruzelandia e a região conhecida como picadão da Bahia. Naquele momento as empresas de papel e celulose lideradas pela Suzano, o ministério público na pessoa do promotor Fábio Fernandes e a CAEMA (companhia de ações especiais da Mata atlântica) na pessoa do tenente coronel Ivanildo criaram o GT Picadão, que hoje se encontra abandonado pelas entidades que o idealizaram, inclusive a Suzano papel e celulose.

O GT do Picadão da Bahia foi constituído com o objetivo de buscar alternativas de geração de trabalho e renda para as comunidades da região, cuja sobrevivência baseava-se na produção de carvão. A partir de diálogos com as comunidades, foram identificados projetos nas áreas de apicultura, piscicultura, agricultura e fruticultura. A proposta era que os beneficiados pelos projetos recebessem capacitação técnica e os materiais necessários para desenvolver as atividades. O que se vê hoje, quase dois anos depois, são projetos como a piscicultura e a mandala literalmente abandonados, e as pessoas desesperadas a procura de algum sustento para as suas famílias.

Nossa equipe esteve acompanhando diversos desses projetos, e o que se pode notar foi uma clara e evidente falta de respeito para com o ser humano, projetos como a mandala e a piscicultura que estão jogados a sorte daqueles que ainda insistem em conduzir de forma precária e sem perspectiva o que sobrou de projetos que seriam suas alternativas de emprego e renda. Há 15 dias o setor de relações com a comunidade do grupo Suzano fez em cruzelandia um compromisso de trazer uma triagem de vagas de emprego junto as suas terceirizadas para apresentar aos moradores, e mais uma vez venderam gato por lebre, não apresentaram essa triagem, não deram nenhuma previsão de quando poderia trazer essa triagem e novamente fez pouco do povo que sofre pelas mazelas que o grupo Suzano promove.

Os moradores de cruzelandia prometem normalizar todos os acessos assim que respostas concretas forem apresentadas a comunidade, do contrário continuarão lá, de forma pacífica, com um protesto aguardando o pronunciamento das autoridades e das pessoas responsáveis, nada mais justo, já que antes mesmo dos projetos serem iniciados a grupo Suzano já vendia seus sucessos no Brasil e no mundo através de multimilionárias campanhas publicitárias, valores que dariam para realizar dezenas de projetos iguais ou melhores aos apresentados, os mesmos que hoje encontram-se abandonados, em um verdadeiro calote social do grupo Suzano com aquela comunidade.

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