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Bahia - 25 de setembro de 2013

Mucuri: Suzano firma compromisso para desfazer acordo que decreta o fim das terceirizadas

 

Por Rubens Floriano

Em reunião realizada entre a cúpula da empresa e representantes dos municípios do extremo Sul da Bahia, em sua Unidade Mucuri, na tarde da última quinta-feira, 19 de setembro. A Suzano Papel e Celulose firmou compromisso de desfazer o Termo de Conciliação Judicial firmado com o Ministério Público do Trabalho no dia 12 de Julho, na Vara do Trabalho de Teixeira de Freitas.

Participaram da reunião representado a empresa os Diretores de Relações Institucionais Jorge Cajazeira e Ricardo Cassamassimo e o Presidente do Grupo Suzano, Sr. Walter Shalka.  Representando os municípios participaram o Presidente da Câmara Municipal de Nova Viçosa, Rogério de Souza Benjamim, o Prefeito de Nova Viçosa, Márvio Lavor Mendes e seu Assessor Especial Carlos Robson Rodrigues da Silva (Robinho), o Prefeito de Caravelas e Presidente da Associação dos Prefeitos do Extremo Sul – APES, Jadson Ruas, o Prefeito de Teixeira de Freitas o João Bosco Bittancurt e o Prefeito de Ibirapuã, Rildo Andrade.

Essa reunião foi agendada pela Suzano após diversas manifestações de entidades de classe, prefeituras e câmaras de vereadores, sendo que a Prefeitura e a Câmara de Nova Viçosa encabeçaram o movimento, junto à Associação das Empresas Prestadoras de Serviços – AEPES. Foram realizadas audiências públicas no extremo Sul e reuniões em Salvador, com os Procuradores do MPT e na Assembleia Legislativa com os deputados João Barcelar (estadual), e Arthur Maia (federal), e também em Brasília, na Câmara dos Deputados, e com o Procurador Geral do Trabalho Dr. Luiz Antônio Camargo de Melo e com o Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Dr. Guilherme Caputo.

Após a última conversa, as partes aguardam a posse do novo Procurador-Chefe da Procuradoria do Trabalho da 5° Região, Dr. Alberto Balazeiro, que ocorrerá no dia 01 de outubro, para agendarem a reunião em que será solicitada a anulação do Termo Conciliação Judicial, resultado de Ação Civil Pública, através da qual o MPT considerou ilegal a terceirização das atividades florestais pela Suzano.

Segundo o Presidente do Grupo Suzano Dr. Walter Shalk, a empresa não fará primarização imediata, nem tampouco buscou e esse processo. “Se a Suzano quisesse a buscasse a primarização, poderia fazer isso unilateralmente, sem a participação do Ministério Público”, disse. Shalk ainda afirmou que “a Suzano vai solicitar ao Ministério Público a anulação parcial, e se possível a anulação total do acordo. Se não conseguirmos de forma amigável, tentaremos judicialmente, e também apoiaremos os municípios nesse propósito”, conclui.

“Vamos dar um voto de confiança à Suzano. Ela é de grande importância para todos os municípios e o que queremos é que esse acordo seja desfeito, para que a estabilidade da região seja mantida”, disse o Presidente da Câmara de Nova Viçosa, Rogério Benjamin. Para o prefeito Márvio Mendes essa é a postura que sempre esperou da empresa. “A Suzano sabe a importância que tem para cada município, mas sem as terceirizadas todos perdem. Municípios, empresas e trabalhadores”, reafirma Márvio.

O presidente da APES Jadson Ruas destacou a importância do posicionamento da empresa, pois o maior facilitador para qualquer alteração do acordo é a manifestação desse interesse por uma das partes que o pactuaram, o Ministério Público do Trabalho e a Suzano Papel e Celulose.

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