Home Cidade e Região Bahia Mucuri: EMBASA não assegura investimentos em Itabatan e vereadores se posicionam por não renovar licença da empresa.
Bahia - 15 de janeiro de 2016

Mucuri: EMBASA não assegura investimentos em Itabatan e vereadores se posicionam por não renovar licença da empresa.

 

Provocada por uma comissão denominada de “comissão hídrica”, que discute a escassez de água no distrito de Itabatan, uma importante reunião aconteceu na manhã desta quinta-feira (14) na sala de reuniões da câmara de vereadores de Mucuri. No intuito de discutir um plano de ação que pudesse resolver o problema do desabastecimento de água por parte da EMBASA no distrito a reunião contou com a presença da comissão permanente de meio ambiente da câmara de vereadores de Mucuri e ouviu por diversas vezes repetidos “nãos” por parte da estatal, que se manteve sempre na defensiva e não apresentou nenhuma solução concreta e se recusou a firmar um TAC (temo de ajustamento de conduta) junto “comissão hídrica” e a comissão permanente de meio ambiente da câmara de vereadores.

A EMBASA conta com quase 2.800 contas ativas no seu sistema de abastecimento de água em Itabatan, atendendo a quase 60% do contingente populacional do distrito, contudo mais uma vez a empresa tentou se isentar da culpa por sua ingerência quanto ao abastecimento de água de Itabatan, apresentando as comissões reprises de propostas em investimentos e melhorias tanto em sua captação quanto em sua distribuição de água. A cerca de 20 anos o distrito de Itabatan sofreu com uma escassez de águas parecida com a atual, tendo inclusive suas residências abastecidas por quase quatro meses por caminhões pipa e ao longo desses 20 anos nenhuma ação estruturante ou plano “b” foi implementando pela EMBASA em Itabatan, sendo o atual cenário de falta de abastecimento de água no distrito uma crise anunciada.

O legislativo de Mucuri foi Representado na reunião por dois vereadores da comissão permanente de meio ambiente, o vereador Beto Borges e o vereador Hélio da Fisioterapia, e por outros três vereadores, Vomberto, Carlos Brito e o presidente da casa José Mendes, e que não fiaram satisfeitos com o tratamento em que a empresa vem tendo com a população e principalmente com o tratamento dado pela empresa a importância da reunião. Os vereadores lamentaram a falta de compromisso da empresa para com os seus clientes, foram enfáticos em dizer que a EMBASA está com sua licença de operações vencida desde outubro e que uma nova licença só será obtida mediante um compromisso da empresa em atender todas as reivindicações da “comissão hídrica” que neste momento representa a reivindicação da comunidade.

A EMBASA sempre acreditou que as forças políticas do município de Mucuri não ousariam se opor aos seus desmandos, sempre amedrontados por ela poder usar de represália o não investimento no esgotamento sanitário de Itabatan, vale lembrar que cabe aos vereadores conceder ou não a renovação da licença de operação em Mucuri, vencida desde outubro de 2015, o que torna a estatal uma empresa com operações não legais no município no momento. Com a tentativa de desqualificar a representatividade da “comissão hídrica” definida como tática principal dos seus representantes, a EMBASA resumiu seus destaques em slides que continham informações sobre números de ofícios para CAEMA, polícia MILITAR e Ministério Público, porém em nenhum momento respondeu se havia previsão de investimentos, quais os valores e qual seria o período do desabastecimento do distrito de Itabatan.

Os representantes da “comissão hídrica” avaliaram como extremamente positiva a reunião, mesmo com as negativas da EMBASA, ouviram dos vereadores que as forças passariam a se somar e que uma ação conjunta será mobilizada a partir dessa reunião, um a ação civil pública ou uma ação popular será o próximo passo da união das duas comissões. Uma série de condições serão expressos nessa ação, desde investimentos a médio e longo prazo até o pedido de suspenção da tarifação do fornecimento de água no distrito de Itabatan pelo prazo de 120 dias, uma vez que a empresa não tem entregado água em conformidade com o que está escrito no contrato aos seus clientes, alegando seca dos mananciais que a abastece.

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