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Bahia - 20 de maio de 2016

Mucuri: Arrecadação cai 8,5% e Prefeitura freia gastos. Entenda

 

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entidade que reúne todos os prefeitos do Brasil, divulgou carta aberta relatando a preocupação pela qual passam os municípios brasileiros com o agravamento da crise econômica. A carta declara “o reconhecimento de que todos os gestores públicos locais enfrentam, neste ano de 2016, problemas de gravidade tamanha que não podem ser alcançados por seus orçamentos”.

A CNM aponta vários fatores que contribuíram para que os municípios estejam passando por problemas gravíssimos de renda para cumprir com as obrigações legais. Entre os pontos, a defasagem de verbas de programas federais, como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PAS), que chega a 20%, na área de educação (Pnae e Pnate) chegando a 51% e Samu a impressionantes 120%. Sem repasses federais os municípios estão sendo obrigados a arcar com custos essenciais nas áreas de saúde e educação acima do que é estipulado constitucionalmente.

O cenário da instabilidade econômica nacional reflete no município. Em Mucuri, a arrecadação que até ano passado girava em torno de 9.148.680,00 reais em média mensal caiu neste ano para 8.432.500,00 reais, uma queda de 8,5%. Ou seja, neste ano os cofres públicos municipais registram 716 mil reais a menos todos os meses, em média, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Uma das medidas adotadas pela Prefeitura de Mucuri será a redução da remuneração de cargos comissionados, incluindo o de Prefeito e secretários. Paulinho também negociou pessoalmente com cada secretário e todos eles passaram a trabalhar com veículo próprio. Todas as pastas estão empenhadas em enxugar ao máximo os seus custos.

A situação é semelhante em todo o país. Prefeituras de algumas capitais chegaram a reduzir o investimento em 90%. “Eu nunca vi uma situação igual essa que estamos vivendo hoje. A situação está desesperadora”, alertou o Presidente da CNM, Paulo Ziulosk.

O Prefeito Paulinho exemplifica o que acontece com o município e deixa um recado. “O cidadão percebe que a crise chegou quando as compras do mercado estão mais altas e o dinheiro dentro de casa está faltando. Então, o que ele faz é reduzir gastos. A mesma coisa acontece com o município. As despesas aumentaram e o dinheiro diminuiu, e resolver essa matemática é o nosso desafio”.

Noticia10/ascomMUCURI

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