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Polícia - Segurança pública - 15 de dezembro de 2019

Ministro que prendeu juízes na Bahia diz que sociedade precisa confiar no Judiciário


O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que afastou seis magistrados da Bahia e mandou prender dois por suspeita de venda de sentenças em esquema de grilagem. Og Fernandes afirma ser necessário que a sociedade brasileira confie no Judiciário. Segundo ele, erros podem acontecer em qualquer corporação e é necessário manter a estabilidade social.

“A sociedade precisa confiar no Judiciário, porque o Judiciário é, entre os Poderes, aquele que se manifesta por último”, afirmou o ministro, em entrevista ao UOL em seu gabinete no tribunal, em Brasília. “É fator de equilíbrio entre os diversos Poderes e da própria sociedade.” Na terça-feira (10), o Ministério Público denunciou os seis magistrados afastados e mais um juiz. Eles são acusados de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Empresários que lucraram bilhões de reais com a atuação, advogados e servidores do Tribunal de Justiça da Bahia também foram denunciados, na Operação Faroeste.

O ministro Og suspeita de que dois assassinatos tenham sido cometidos para acobertar os crimes. Na opinião dele, porém, a “quase a totalidade” dos 18 mil magistrados do Brasil exerce a profissão “de forma honrada”. “Se há casos que precisam ser depurados, depurados eles serão. É preciso apurar. E isso vale para qualquer um.” O magistrado evita opinar sobre a necessidade de magistrados serem investigados por CPIs no Congresso. No Legislativo, há tentativas de fazer funcionar as CPIs da Lava Toga e da Lava Jato, esta última para averiguar abusos de procuradores e magistrados na maior operação anticorrupção da história recente do país.

“Obviamente que ninguém está imune a investigação disse Og. “Todos são iguais perante a lei. E é isso que a sociedade brasileira está madura para entender.” No TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Og Fernandes é corregedor. É ele quem relata a ação judicial de investigação eleitoral que apura se a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) cometeu abuso de poder econômico no uso do aplicativo WhatsApp nas eleições. A suspeita é que empresas receberam dinheiro, por meio de caixa dois, para disparar mensagens em massa por meio do aplicativo, incluindo o uso de robôs e fakenews.

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