Militantes do PSOL da Bahia estão se reagrupando em um novo moviento, denominado provisoriamente de “Coletivo Independente”.

O novo ano viu na Bahia, na segunda semana de janeiro, o surgimento de um novo projeto político, o Coletivo Independente. Trata-se de uma proposta alegre, libertária e radicalmente democrática que tem como pano de fundo o cenário de crescimento do PSOL a nível nacional. Busca, porém, a consolidação do partido sem o olhar das tendências tradicionais.

O professor Franklin Oliveira, histórico pensador da esquerda brasileira, “vê a iniciativa como capaz de contribuir para que o atual estágio do PSOL possa ser capaz de ajudar a esquerda a reexistir, entrar em um novo ciclo, derrotar a extrema-direita, e construir a unidade política necessária para um novo tempo”.

O chamamento merece a atenção de uma esquerda tão retalhada por partidos, correntes e sub-grupos. Aliás o manifesto do movimento declara estar aberto ao debate com todas as forças políticas e independentes do partido. Pretende dialogar “com quem tem a sensibilidade de perceber que, enquanto prosperarem as desigualdades, nosso povo não poderá ocupar o lugar que merece”.

O movimento vai defender reformas orgânicas no próximo congresso do PSOL a exemplo de uma concepção descentralizada do poder, a prioridade aos núcleos como espaço de militância e organização e para os movimentos sociais. Cris Barros, presidenta do PSOL- Salvador prega a necessidade de “repensar as formas de atuação da esquerda, desenvolvendo ações criativas, capazes de despertar novas energias”.

Por sua vez Elze Facchinetti, secretária de organização estadual do PSOL, diz que “é preciso incorporar as bases filiadas e os diretórios na gestação da política partidária assim como dotar o partido de instrumentos modernos para a disputa do poder político”.

O conteúdo da mensagem do coletivo, assim como as reuniões horizontalizadas que o movimento tem realizado, fez com que, em apenas duas semanas, se verificasse a adesão de dezenas de militantes vindos dos mais diversos cantos do Estado da Bahia. Propostas como essa é que dão sentido aos discursos de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais humana.

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