MG: The New York Times destaca trabalho de inclusão social em penitenciária

Reportagem publicada pelo jornal norte-americano New York Times (NYT) no último sábado (14/06) destaca o trabalho desenvolvido na fábrica de bolas do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, na cidade de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No local, 40 detentos produzem bolas, enquanto outros 40 são responsáveis pela costura e o revestimento externo do material. Ao todo são fabricadas 400 bolas por dia, frisa o NYT.

O jornal norte-americano esclarece que os presos trabalham oito horas por dia, cinco dias por semana. Como recompensa, os detentos recebem R$ 543 por mês. Deste montante, a metade é enviada para a família do presidiário e um quarto é pago ao preso após a libertação. Além disso, é abatido um dia da pena para cada três trabalhados. “A fábrica abriu em 2011 como parte de um esforço de preparar os detentos para a vida após a prisão e reduzir a superlotação das prisões”, ressalta o NYT.

O New York Times também enfatiza que as bolas produzidas no complexo penitenciário são usadas por jogadores profissionais, inclusive no Campeonato Mineiro de Futebol, e em jogos recreativos e amadores, dentro e fora da penitenciária. À reportagem, o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade Oliveira, comenta a importância de ligar o trabalho dos presos a uma prática cotidiana no Brasil, o futebol.

Também em entrevista ao NYT, o presidente da fábrica de bolas Trivella, Tarcisio Cruz – que instalou a unidade fabril na penitenciária em parceria com o Estado – fala sobre a qualidade da mão de obra dos detentos. A reportagem ainda cita o exemplo da penitenciária de Santa Rita do Sapucaí, onde os presos montam bicicletas ergométricas.