MG: Produção de frutas vermelhas surge como fonte de renda em município mineiro
A produção de frutas vermelhas é uma atividade em expansão no município de Bocaina de Minas, no Sul do estado. A atividade começou por volta de 2010 e hoje é desenvolvida por seis agricultores, com uma produção anual de 25 toneladas. Entre as principais frutas cultivadas estão a amora preta, framboesa e morango. A produção é vendida na região e na cidade do Rio de Janeiro.
Maria Luíza Barreira e Romero Martins produzem e vendem frutas vermelhas in natura e congeladas. Eles mudaram do Rio de Janeiro para Minas Gerais há 2 anos. A primeira coisa que fizeram foi verificar qual seria a melhor atividade para desenvolver em Bocaina de Minas. “Depois de pesquisarmos, de conversarmos com a Emater-MG e outras entidades, chegamos à conclusão de que o melhor era investir em frutas vermelhas”, diz o produtor.
O casal é o principal produtor de frutas vermelhas do município de Bocaina de Minas. Com um detalhe: é tudo orgânico e certificado. A propriedade deles produz 20 toneladas anualmente. A amora é o carro-chefe. São 15 toneladas por ano numa área plantada de um hectare. Pensando em impulsionar a atividade, o casal decidiu implantar uma unidade de processamento. Os recursos vieram do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e a orientação técnica é da Emater-MG.
Luíza e Romero financiaram do Pronaf cerca de R$ 100 mil. O dinheiro está sendo utilizado na construção do prédio da unidade e na compra de equipamentos. A Emater foi responsável por elaborar projeto técnico necessário para a liberação dos recursos.
“É uma ajuda e tanto. Se fosse pra fazer com o nosso dinheiro, não conseguiríamos. Com o Pronaf isso é possível”, afirma Romero Martins. A agroindústria está quase pronta. Com a unidade, o casal não ficará limitado à venda de frutas in natura e congeladas. Eles esperam ampliar a pequena produção de geleia, vinho e frutas desidratadas. “Vai ser mais rápido e o volume de produção será maior. Esperamos aumentar em cinco vezes a nossa produção”, diz o produtor.
Para este ano, com a implantação da unidade de processamento, o casal aumentou em 30% a lavoura de amora. Eles investiram também na cultura do morango. A área plantada triplicou e a fruta passou a ser cultivada no sistema semi-hidropônico.
Nesse método, a lavoura fica dentro de uma estufa, que protege as plantas das ações climáticas, e a fruta é cultivada em bancadas, não tendo contato com o solo. O resultado, segundo especialistas, é a redução de pragas e doenças.“Com a agroindústria, podemos aumentar a nossa produção bastante e ampliar o nosso mercado. Teremos capacidade para atender à demanda o ano inteiro”, diz Romero.
Segundo o técnico da Emater-MG, Marcelo Rodrigues Vilela, aos poucos a produção de frutas vermelhas tem ganhado espaço no município. “É uma nova atividade econômica com grande potencial de desenvolvimento”, diz.
Noticia10/agenciaminas
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