MG: Museu da Escola guarda a história da educação estadual mineira

Carteiras de madeira, uniformes, mata-borrão, mimeógrafo, quadro negro. Lembranças da história da educação guardadas no Museu da Escola Ana Maria Casasanta, localizado na Magistra – Escola de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação, que fica na Gameleira. Reaberto em dezembro, depois de cinco meses fechado para restauração de algumas peças, o espaço mantém vivo os velhos tempos das escolas estaduais. O trabalho de recuperação foi feito por uma equipe da Escola de Belas Artes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e já pode ser conferido de perto.

A visitação é uma viagem no tempo. Quem entra, ouve ao fundo uma gravação com crianças conversando e o sino anunciando o início da aula. Há salas com mobiliários, jogos educativos, livros, cadernos, cartazes, cartilhas, mapoteca, manuais de ensino, fotografias, somando mais de 6 mil peças.  Além de documentos textuais e arquivo de depoimentos orais, com educadores que fizeram parte do desenvolvimento da educação mineira.

A Magistra reserva ainda um espaço para homenagear grandes nomes da educação de Minas Gerais. A partir de exposições de fotobiografias, os visitantes poderão conhecer um pouco sobre as vidas e as obras de Bartolomeu Campos Queirós, Ana Maria Casasanta, Helena Antipoff, Alda Lodi, Alaíde Lisboa de Oliveira, Lúcia Casasanta e Elza de Moura.

O Museu, que é tombado pelo Iepha desde 2005, também conta com o vasto acervo do Laboratório de Ciências Leopoldo Cathoud. Criado oficialmente em 1946, no Instituto de Educação de Minas Gerais, o Cathoud é constituído de equipamentos de física, química, astronomia, amostras mineralógicas, zoológicas, botânicas, paleontológicas, entre outros. Os visitantes podem conferir peças como telescópios, animais empalhados e esqueletos.