Jequitinhonha: prefeita Sinha diz que ministério público é “mentiroso” e a câmara de vereadores se cala.
Foi vinculada neste portal no último dia 19/10/15, uma matéria que trazia como destaque um suposto esquema de desvio de dinheiro público da cidade de Jequitinhonha pela senhora prefeita Iracilda Dias da Silva (Sinha) e a empresa Gladston Sena ME através de superfaturamento nas comemorações alusivas ao aniversário da cidade, popularmente conhecida como “jequi folia” como foi apontado pela investigação prévia do ministério público local. Observado o tamanho da repercussão em que o texto ganhou a prefeita Sinha logo tratou de emitir uma nota oficial, expondo o seu ponto de vista, na oportunidade chamou a matéria de tendenciosa e eleitoreira além de desqualificar as investigações do ministério público subentendendo serem falsas e mal intencionadas.
O material elaborado pelo ministério público sobre as irregularidades no “jequi folia 2015” é um vasto documento, técnico e esclarecedor sobre o assunto, detalha e embasa todos questionamentos feitos e aponta de forma clara todas as formas usadas no intuito de ludibriar a legalidade de uma licitação. Tal ação será enquadrado como Crime de improbidade administrativa, e o desfecho é a perda do mandato e dos direitos políticos por oito anos no caso da prefeita Sinha e de devolução de todo o montante recebido pela realização da festividade pela empresa Gladtone Sena ME e a provável prisão dos seus diretores.
Na cidade de Jequitinhonha se observa com estranheza por parte dos moradores a forma como a câmara de vereadores vem encarando os fatos, até o momento apenas dois vereadores se posicionaram no caso, o vereador Lúcio Damasceno e o vereador Marão Ornelas, este último inclusive também participou das denúncias que culminaram na condenação inicial dos envolvidos no ressarcimento aos cofres públicos dos valores desviados. A população tem cobrado medidas mais enérgicas por parte dos outros nove vereadores, uma vez que a câmara é composta por onze, para que uma CPI seja instaurada, mais ao que tudo indica uma operação “abafa” será orquestrada pela câmara para desviar o foco das atenções e evitar que uma CPI seja instaurada.
Percebendo a intenção da maioria dos vereadores da cidade em blindar a prefeita Sinha, a população de Jequitinhonha promete lotar a próxima seção ordinária da câmara para cobrar medidas enérgicas, os moradores pretendem exigir que se abra uma CPI para que sejam apurados todos os fatos, a comunidade espera que caso os vereadores não tomem partido junto a população, que o ministério público intenda que a atitude deles possa caracterizar uma conivência e também arrolá-los como réus no processo. Mesmo não tendo sido direcionada a nossa redação estaremos vinculando abaixo a nota de esclarecimentos da prefeitura e também o parecer da promotoria pedindo a devolução do dinheiro já pago e a suspensão do pagamento da última parcela do contrato.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA PREFEITURA DE JEQUITINHONHA
A Prefeitura Municipal de Jequitinhonha, diante da publicação do dia 19/10/2015 que em linhas gerais, dá juízo de valor e até mesmo condenação antecipada sob a alegação de superfaturamento da tradicional festividade de aniversário da cidade/2015, onde a fonte, de forma politiqueira e irresponsável até mesmo dá tom de cassação ao mandato eletivo da Prefeita Iracilda Dias da silva, esclarece e pondera por este canal de informação o seguint
- a) Causa estranheza tamanha publicidade que a denominada Fonte “Notícias 10” vem dando a um processo que se inicia, onde se vê a clara intenção de se macular e manchar esta Administração;
- b) Sabido que esta Administração sequer fora citada da Ação Civil Pública, ocasião de defesa e contraditório, momento que realmente se inicia um processo judicial.
- c) Sabido também que necessária uma sentença condenatória, em suas esferas para se imputar qualquer conduta ilícita, o que ainda não ocorreu.
Diante desta situação, qual seja a tentativa de condenação antecipada, a Administração Municipal nega qualquer superfaturamento no certame licitatório que resulte prejuízo ao erário público. Diz ainda que no momento e via adequada, a versão dos fatos e atos será explicitada, considerando que os fatos versam sobre matéria complexa e específica não pacificada nos nossos Tribunais.
Jequitinhonha/MG, 21 de outubro de 2015.
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