Inspeções em delegacias de Linhares e Viana flagram péssimas estruturas e déficit de pessoal
Entre os dias 26 de janeiro e 1º de fevereiro de 2018, o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES), ealizou inspeções na Delegacia de Viana e na Delegacia Regional e o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares. Nos dois municípios, flagraram prédios em péssimas condições de conservação e número insuficiente de policiais.
Em Viana, o prédio onde funciona a Delegacia municipal, no centro da cidade, é antigo e abriga ainda a Delegacia da Mulher (Deam) e a Delegacia de Crimes Contra a Vida. Assim como em outras delegacias capixabas, a unidade policial de Viana apresenta condições precárias, com paredes rachadas, mofo, reboco caindo, falta de acessibilidade, rede de esgoto e elétrica deficientes e a presença de pombos que colocam a saúde do policial e do cidadão em risco, comprometem as condições de trabalho e tornam o ambiente insalubre.
O número insuficiente de policiais civis, que caracteriza a Polícia Civil capixaba atualmente, é outra triste realidade em Viana: são quatro policiais na Delegacia da mulher, seis na de Crimes Contra a Vida e seis na 16ª Delegacia de Polícia, totalizando 16 policiais que atendem a 54 mil habitantes. O déficit de pessoal é gravíssimo em todo o Espírito Santo, em torno de 60% no quadro geral, chegando a 80% no caso na Superintendência de Polícia Técnico-Científica.
Segundo levantamento do Sindipol/ES, o efetivo da Polícia Civil despencou e hoje é de apenas 2.200 policiais para atender a quatro milhões de habitantes. Na década de 1990, enquanto a população tinha metade do tamanho, o efeito era de 3.800 policiais. Em Linhares, a situação é igualmente crítica, tendo chamado atenção do Sindipol/ES a presença de veículos apreendidos que lotam o pátio da Delegacia Regional, bem com as ruas laterais à unidade, gerando risco de incêndio, focos de dengue e esconderijo para criminosos.
Para o Sindipol/ES, o governo tem o dever de investir em segurança pública dentro de uma política de Estado a fim de se evitar que se mantenha a situação de calamidade atual da Polícia Civil, forçando diante desse quadro adverso a adoção de medidas paliativas como o trabalho de detentos nas unidades policiais. “A diretoria do Sindipol/ES vem trabalhando incessantemente buscando soluções para os problemas existentes na polícia civil que vão desde sucateamento e precarização das instalações físicas das unidades policiais, a ausência de investimentos na instituição e falta de recursos materiais e humanos por ausência de concurso público”, disse Jorge Emílio Leal.
Noticia10/ascom
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