Governo formaliza criação da primeira empresa pública aeroespacial do Brasil

Após mais de 20 anos de debates, o governo federal deu um passo decisivo para a criação da primeira empresa pública brasileira dedicada ao setor aeroespacial. A Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A, chamada de Alada, foi oficialmente proposta na última semana e terá como objetivo principal promover a indústria aeroespacial nacional. O Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, será um dos principais ativos estratégicos da nova estatal, dado seu potencial competitivo no mercado global.

A proposta de criação da Alada foi enviada ao Congresso Nacional através de um projeto de lei assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo aposta que a nova empresa liderará a exploração econômica das infraestruturas e das atividades de navegação espacial no país. Entre as ofertas da Alada estão foguetes suborbitais, motores aeronáuticos e veículos lançadores de microssatélites (VLMs), produtos estratégicos para impulsionar a participação do Brasil no mercado aeroespacial global.

Além disso, a Alada será responsável pela realização de lançamentos espaciais, gestão de patentes e pelo desenvolvimento e modernização do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. A Força Aérea Brasileira (FAB) destacou que a estatal coordenará projetos e equipamentos aeroespaciais, além de apoiar o controle aeroespacial e áreas correlatas. A empresa será uma subsidiária da NAV Brasil, estatal criada em 2020, responsável pela navegação aérea, que anteriormente era administrada pela Infraero.

O governo federal acredita que a criação da Alada impulsionará a geração de empregos, transferência de tecnologias e a capacitação de profissionais no setor. A iniciativa também visa levar o Brasil a alcançar a tão almejada autonomia tecnológica no mercado aeroespacial, posicionando o país entre os protagonistas globais do setor.
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