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Entretenimento - 6 de maio de 2014

“Getúlio” mostra que democracia atual lembra a de antes de 64, diz diretor

 

Em “Getúlio” (Brasil, 2014), de João Jardim, revela a intimidade do ex-presidente Getúlio Vargas (Tony Ramos) em seus 19 últimos dias de vida. Pressionado por uma crise política sem precedentes, em decorrência das acusações de que teria ordenado o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges), ele avalia os riscos existentes até tomar a decisão de se matar. Também estão no elenco os atores Drica Moraes e Adriano Garib. Estreia em 1° de maio Leia mais Divulgação/Copacabana Filmes

Em ano eleitoral, o suspense político “Getúlio”, que estreia nesta quinta (1º), expõe um Brasil que se repete. A poucos meses de mais uma eleição direta para a presidência (sétimo pleito após a abertura política), com Tony Ramos e Alexandre Borges, que narra os últimos dias do presidente Getúlio Vargas (1882-1954), é uma amostra de que processos no governo e no jogo da política seguem parecidos. E, mais do que isso, revela que a atual democracia lembra a anterior ao golpe de 1964. “Conta uma história que está sempre aí”, concorda o diretor do filme, João Jardim.

“O que ocorreu há 60 anos acontece hoje em dia e pode continuar acontecendo se não compreendermos como se dá esse processo de governar no Brasil”, diz. Uma mensagem clara que, para o diretor, atesta a contemporaneidade do filme. “Temos uma legislação que permite que as coisas continuem se repetindo, a participação popular ainda se restringe a votar a cada quatro anos”.

Apesar do título, “Getúlio” não é uma cinebiografia de um dos nomes mais importantes da política brasileira (que dirigiu o país em dois momentos, num deles por 15 anos consecutivos). O filme é a dramatização, com requintes de suspense, de um dos nossos períodos históricos mais intensos.

Primeira ficção de João Jardim, o longa se fixa nos 19 dias de agosto de 1954, cheios de escândalos, conspirações e traições, que se passam entre o atentado ao jornalista de oposição Carlos Lacerda e o suicídio do ex-presidente.

No papel de Getúlio Vargas, o ator Tony Ramos, diz que a história faz um convite à reflexão e pode ajudar a entender o que é política. “Mostra os silêncios que habitaram o homem, e não apenas o presidente, durante esse período”. A modernidade da obra, segundo ele, está em analogias que o filme permite com qualquer época. “Mostra as intrigas e os bastidores do poder”.

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