Filme sobre Tim Maia recupera fase Racional, que misturou suingue e ETs
Era final de julho de 1974. Tim Maia tomou uma mescalina e partiu para a casa do compositor Tibério Gaspar, a única numa praia deserta e selvagem no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Quando chegou, o amigo (autor de canções lendárias como “BR-3”) estava no banho. Enquanto esperava na sala, começou a folhear um livro qualquer. O efeito do alucinógeno começava a bater.
Naquela noite, depois de ler algumas páginas do livro “Universo em Desencanto”, de uma hermética seita chamada Cultura Racional uma estranha e súbita transformação começou a tomar conta do músico mais chapado da musica brasileira.
Essa fase do artista, até hoje envolta em mistérios, já foi contada em dois livros do jornalista Nelson Motta, “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia” e “Noites Tropicais” (ambos da editora Objetiva). O transe esotérico do rei do samba-soul ganha espaço agora na cinebiografia “Tim Maia”, do diretor Mauro Lima (“Meu Nome não é Jhonny”).
“O filme aborda algumas décadas em duas horas, de modo que eu atravesso esse tema em coisa de dez sequências”, avisa o diretor Mauro Lima. Mas ele reconhece ser uma fase importante do artista e conta que as histórias da estranha seita foram extraídas das diferentes fontes que usou na pesquisa para o longa.
“Além do livro do Nelsinho, trabalhei com um extenso material de arquivo, entrevistas gravadas, o livro do cantor Fábio, de onde tirei a ideia da locução, e conversas, formais e informais, com pessoas do convívio do Tim, como o cantor Hyldon, amigos e o filho Carmelo”.
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