Filme “O Mercado de Notícias” discute pecados do jornalismo no Brasil atual
Sempre muito original, o cineasta Jorge Furtado (“Saneamento Básico: O Filme”) foi buscar numa peça teatral da Inglaterra elisabetana do século 17 um paralelo para estabelecer uma perspectiva histórica para a aguçada discussão sobre critérios, falhas e importância da imprensa no Brasil em seu novo documentário, “O Mercado de Notícias”.
O filme estreia em dez cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador, João Pessoa, Santos e Juiz de Fora.
Competidor na seção principal do Festival É Tudo Verdade e multipremiado no Cine PE, em Recife, o filme de Furtado empresta o título da própria peça “O Mercado de Notícias”, de Ben Jonson (1572-1637), que surgiu no mesmo momento histórico em que começaram a circular os primeiros jornais.
Já naqueles tempos se estabeleceram os desafios da atividade, a partir da constatação de que não há fatos brutos na natureza. Todo e qualquer acontecimento, então, é passível de seleção, análise, interpretação. Portanto, também de erros jornalísticos.
Dentro dessa discussão, o documentário debate a própria essência do jornalismo, ou seja, a obrigação de escolher o que se publica ou não, o que merce ou não cobertura, a necessidade de encontrar a novidade, de revelar histórias, equilibrando essa urgência com outra, não menos crucial: a da própria sobrevivência econômica e comercial.
Um aspecto que leva alguns a apostarem no sensacionalismo e, em última análise, no antijornalismo, para garantir altas tiragens e grandes receitas publicitárias. Entre outros riscos implícitos à atividade, os jornalistas sempre dependem das fontes, e elas, como se sabe, não raro têm seus interesses, que precisam ser “filtrados”, como observa no filme o jornalista Geneton Moraes Neto.
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