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Bahia - 7 de novembro de 2014

Extremo Sul: farsa de engodos sociais da Suzano chega ao fim, e “primavera verde” explode na região.

 

Parece estar chegando ao fim à trégua de conflitos entre a Suzano Papel e celulose e a região em que diretamente sofre algum impacto tanto pelas ações industriais quanto pelas ações do manejo florestal da empresa, a tão propagada política da boa vizinhança não está mais sendo assim tão boa, principalmente agora que o seu carro chefe dos projetos sociais o “rotas de Sucesso” começou a ruir. Uma onda de protestos, paralisações e represálias à empresa estão sendo orquestrados por moradores, movimentos e sindicatos que defendem e representam as mais variadas classes, dando assim a largada para a “primavera verde” movimento alusivo à primavera árabe que no ano passado foi responsável pela derrubada de diversos ditadores no continente africano.

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Tudo começou a pouco mais de trinta dias quando um grupo de sem tetos invadiu uma área terras da Suzano no Distrito de Itabatan, reivindicando que a posse daquela área possa ser direcionada para resolver um déficit habitacional do município de Mucuri, uma vez que o referido espaço já havia entrado numa condicionante entre Prefeitura e Suzano para que fosse doada a área ao município. Sem nenhum posicionamento da empresa os acampados do movimento fizeram uma ocupação pacífica da câmara de vereadores na última terça feira (13) para uma reunião informal com os vereadores, onde expuseram as suas condições precárias e solicitaram uma intervenção daquela casa para que possa mediar o conflito junto a Suzano.

Depois do abandono em massa dos projetos de alternativa e complemento de renda que a empresa tentou implantar na região face a famigerada operação “cruzeiro do sul” em que houve a derrubada dos fornos e consequente proibição de se fazer o carvão, protestos a base de queima de madeira da empresa começaram a serem notados de Mucuri a Alcobaça. Depois de abandonar os projetos a empresa voltou a prometer uma série de empregos para a população das áreas impactadas diretamente pela operação o que não conseguiu cumprir, começando assim a reativar a revolta de populares.

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Para maquiar as suas irresponsabilidades sociais, já que esse ano é o ano da renovação de diversos selos ambientais, dentre eles o FSC (selo no qual sem ele a Suzano não tem mercado internacional) mais um engodo foi criado pelo seu ótimo departamento de marketing, o programa “rotas de Sucesso” um projeto que obrigou os carreteiros que eram colaboradores da Coopercarga (já que sem adesão perderiam os seus empregos) a comprarem as carretas financiadas pela Suzano. Na tarde desta quarta feira o estouro, o “rota de sucesso” parou a BR 101 por mais de 7 horas cobrando da Suzano responsabilidade para com os compromissos acordados.

Os adeptos do programa “rota de sucesso” estão trabalhando num regime similar aos regimes de trabalho escravo, no começo a Suzano prometeu uma série de benefícios, depois de iludidos diante das promessas da Suzano vieram os baldes de água fria, foram diversos os cortes no valor do frete pago a eles, diminuíram as garantias de quilometragem rodadas pelas suas carretas e começou a cobrar impostos antes acordados como de responsabilidades da Suzano. No fim os quem tinham uma receita onde pagavam as parcelas dos caminhões e retirada mensal dos sócios de R$ 4.000,00 se viram em um verdadeiro desespero com milhares de reais em dívidas de manutenção das carretas e apenas R$ 13,00 como fechamento do último mês, todo o resto o “patrão” reteu para pagar os empréstimos.

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