ES: Tragédia na BR deve pressionar ainda mais ECO-101 por duplicação
A tragédia que deixou 21 mortos e 22 feridos no Km 343 da BR-101, em Guarapari, deve jogar ainda mais pressão sobre a concessionária ECO-101, que administra o trecho capixaba da rodovia, realizar as obras de duplicação da via. O governo estadual já trata o acidente, que envolveu uma carreta, um ônibus e duas ambulâncias, como o maior da história nas estradas do estado. A concessionária ECO-101 iniciou há três anos a cobrança de tarifa nas sete praças de pedágio implantadas ao longo da rodovia. Mas, na prática, o usuário sentiu pouca mudança na qualidade do principal trecho rodoviário do Espírito Santo. A BR-101 abriga a maior parte do fluxo de pessoas e mercadorias que cruza o estado, mas ainda não recebeu investimentos à altura da sua importância econômica por parte da concessionária.
A duplicação da via, por exemplo, a obra mais aguardada. Por ora, a ECO-101 realizou melhorias de sinalização vertical e horizontal e benfeitorias na pista de rolamento, intervenções insuficientes para o volume de tráfego que recebe, desde motos e carros de passeio e ônibus de viagem e carretas bitrem. A negligência da ECO-101 evidenciou-se após a divulgação de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontando irregularidades no cumprimento do cronograma de investimentos previstos.
O órgão aponta investimentos que deveriam ter sido iniciados ou concluídos durante 2016 e não foram realizados, como a duplicação dos subtrechos D (km 228,9 ao km 255,8) e E (km 255,8 ao km 305, 8); a construção do contorno de Iconha; a construção de 27 quilômetros de vias locais; a construção de 16 passarelas de pedestres; retificações de traçado, visando a reduzir os acidentes da rodovia, por meio da melhoria dos raios de curva, da visibilidade, da superelevação e da superlargura de alguns trechos da BR, entre outros.
Apesar disso, a concessionária ainda dá sinais de que pretende protelar o início das obras. Nessa quarta-feira (21), a Comissão Externa de Fiscalização da BR-101 da Câmara dos Deputados divulgou que a empresa não pagou uma taxa de cerca de R$ 160 mil ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a liberação da Licença Ambiental de Instalação para as obras de duplicação do trecho Sul da rodovia. O deputado federal Marcus Vicente (PP), lamentou o acidente e criticou a concessionária e poder público: “E que as empresas, governantes e órgãos fiscalizadores tenham mais responsabilidade com a duplicação da Rodovia, em vez de se calçarem em subterfúgios legais e administrativos para não realizarem obras. As intervenções na BR-101 são determinantes para que essas ocorrências não ceifem mais vidas”.
Noticia10/seculodiario
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