ES: Forças de segurança fazem a maior apreensão de cocaína da história com prejuízo de 100 milhões ao comando vermelho

Nesta quinta-feira (17), as polícias Civil e Militar do Espírito Santo realizaram a maior apreensão de cocaína da história do estado. Mais de meia tonelada da droga foi encontrada em um bunker no bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha, na Grande Vitória. A carga, avaliada em aproximadamente R$ 100 milhões, pertencia a uma quadrilha comandada por um dos dez criminosos mais procurados do Espírito Santo. A droga tinha como destino a exportação, evidenciando uma operação internacional de tráfico.

A ação, que faz parte da segunda fase da “Operação Magnum Damnum”, foi coordenada pela Superintendência de Polícia Regional Norte (SPRN), com apoio de diversas delegacias especializadas. O secretário de Estado da Segurança Pública, Leonardo Damasceno, destacou que o objetivo é impactar financeiramente a organização criminosa e garantir mais segurança à população capixaba. “Estamos focados em prender criminosos que causam terror na sociedade. Essa operação mira diretamente em um dos maiores líderes do tráfico no estado, que atua do Rio de Janeiro”, afirmou.

O superintendente Fabrício Dutra explicou que a quadrilha é liderada por Henrique Silva Lima, conhecido como Neguinho Mascote, que opera o tráfico de drogas entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Dutra detalhou que a droga apreendida no bunker seria exportada, possivelmente via navios, devido à forma como estava embalada. A primeira fase da operação já havia apreendido 100 quilos de maconha em Mimoso do Sul, reforçando o esforço das autoridades em desmantelar a organização.

O delegado André Jaretta, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, acrescentou que o bunker estava em preparação há cerca de um mês. Ele também revelou que a casa onde a droga foi encontrada já havia sido usada por Neguinho Mascote. Além do tráfico de drogas, a quadrilha tem envolvimento com homicídios brutais, comandados por um criminoso conhecido como Taru, responsável por assassinatos cruéis a mando de Bryan, líder da facção.

Com prisões já realizadas em cidades como Aracruz, Colatina e Cariacica, a operação continua em andamento, com foco em capturar o líder Bryan, que, mesmo no Rio de Janeiro, segue articulando alianças com criminosos em todo o Brasil. As autoridades garantem que o trabalho não cessará até que os principais membros dessa organização criminosa sejam desmantelados.
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