ES: Estudante de Santa Teresa desenvolve projeto inédito no país

Uma estudante de Santa Teresa, região Serrana do Espírito Santo, desenvolveu um projeto único no país de adaptação de trator agrícola de pneus para portadores de deficiência motora (cadeirantes). O projeto foi desenvolvido pela aluna Ceziane Leite Soares, 24 anos, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Agronomia, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes).

O lado direito do trator foi adaptado com elevador e rampa móvel para que o cadeirante consiga ter acesso ao banco, mas o trator também pode ser usado por uma pessoa sem deficiência, que pode entrar no veículo pelo lado esquerdo.

“A ideia deste projeto se desenvolveu a partir do momento que percebi que a comunidade rural não está adaptada ao público de pessoas com deficiências (PCD) e também porque o meu orientador Elcio das Graça Lacerda tem recebido alunos com dificuldades de locomoção em aulas práticas de Mecanização Agrícola. Quando apresentei a proposta em outubro de 2015, ele aceitou realizar este projeto de pesquisa, sempre incentivando, orientado e trazendo novidades enriquecendo ainda mais a ideia”,

“No Brasil não existem publicações e estudos sobre esta área. Dados parecidos se encontram apenas nos Estados Unidos, mas minha vontade de estabelecer essa inovação era maior e com muita pesquisa, dedicação e a parceria do meu orientador e do chefe de manutenções do Campus Luiz Freitas Neto, consegui desenvolver o projeto, tornando o único trator adaptado para cadeirantes no Brasil”, disse.

O projeto de pesquisa, de acordo com a aluna, vai proporcionar a inclusão de alunos com deficiência motora nas aulas práticas de campo com o uso de tratores e máquinas agrícolas, e também para resgatar uma mão de obra já qualificada e inseri-la novamente no mercado de trabalho.

“Acredito que os benefícios não serão somente para as pessoas que sofreram algum tipo de acidente de trabalho e ficaram impossibilitadas de trabalhar devido às sequelas deixadas pelos traumas físicos, mas também as que nasceram com deficiência motora poderão ser inseridas no mercado de trabalho rural ou urbanos”, disse.
Noticia10/ascom