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Saúde - 4 de abril de 2017

ES: especialista alerta “super bactéria” que matou adolescente vive na pele humana e na natureza

Após a morte da estudante Lara Furno, 14 anos, com uma bactéria super-resistente, ouvimos a médica infectologista Rubia Miossi para entender como esse micro-organismo age. De acordo com a especialista, a Staphylococcus aureus está presente na pele do ser humano, outros animais e na natureza. “Todo mundo tem essa bactéria na pele. O que não é muito comum, ainda no Brasil, é a pessoa ter o tipo resistente, como Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina (MRSA). Ela pode causar desde infecções de pele simples a casos mais graves, como o da menina. E a grande questão dessa bactéria é que não são apenas pessoas com problemas de saúde que podem morrer, as saudáveis também.”

A complicação acontece, segundo a médica, quando o MRSA invade o corpo de alguma forma. “Por exemplo: o furúnculo é uma infecção de pele simples, mas se a bactéria for resistente, tem o risco dela invadir a corrente sanguínea e causar uma infecção generalizada. Se a gente perder tempo no começo da infecção, 48 horas sem o tratamento adequado podem ser suficientes para a pessoa ficar grave e morrer.” Para a infectologista, as melhores maneiras de prevenção são evitar o uso indiscriminado de antibióticos, que tornam as bactérias mais resistentes, e lavar sempre as mãos. Por isso, aquela velha dica de não se automedicar permanece.

Mas a questão vai além. Rubia destaca que esses remédios também estão presentes na natureza. “Nos animais, o antibiótico, às vezes, é utilizado na ração para o crescimento deles. Também há antibióticos em defensivos agrícolas, que contaminam o solo e a água. Todo mundo está sob esse risco. Nos EUA há um grupo empenhado contra esse uso. Ter controle do uso dos antibióticos é fundamental”, avalia. A especialista complementa que os médicos já levam em consideração a possibilidade dessa infecção ocorrer em uma pessoa quando ela chega ao hospital com quadros graves. “Por esse motivo, são escolhidos antibióticos que servem para combatê-la sempre que cogitamos a possibilidade dela estar envolvida.”
Noticia10/gazeta/g1

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