ES: Do cocô do Jacu sai um dos cafés mais caros do mundo, 100% capixaba!

Com características semelhantes aos cafés de montanhas – encorpado, com acidez média a alta, doçura e boa complexidade de aromas, o Café Jacu conserva um sabor equilibrado que deixa um gosto bom na boca. Apesar de a sua produção ser pequena, o Café Jacu é considerado um dos cafés mais caros do mundo e do Brasil, sendo a maior parte da sua produção destinada ao mercado internacional.

O grande diferencial do Café do Jacu é ser produzido a partir das fezes de uma espécie de pássaro natural da Mata Atlântica, típica da região capixaba: o Jacu – daí, o seu nome. Como o Jacu não só come os grãos, como também seleciona os melhores, mais saudáveis e maduros, a seleção natural de grãos também é diferenciada: sem envolvimento humano. Ao ingerir os grãos de café, como seu organismo não possui estômago, o processo digestivo é diferente.

O pássaro aproveita apenas a polpa e a casca do grão, eliminando a semente intacta, com todas as suas características e com um sabor único. A colheita dos grãos é feita próxima aos cafezais aos pés da árvore, onde as aves costumam deixar seus dejetos. Após colhidos manualmente, os grãos passam por um processo de limpeza, para depois serem torrados e moídos.

O alto preço do café jacu é justificado pelo alto grau de dificuldade na sua produção, que depende da disposição da ave em se alimentar dos grãos de forma natural. A coleta dos grãos é feita de forma manual e no local dos dejetos das aves pois o Jacu é ameaçada de extinção e está protegida sob legislação ambiental abrangendo toda região da Mata Atlântica, não sendo permitida a caça, a criação e nem a reprodução em cativeiro dessas aves.
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