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Economia - 23 de janeiro de 2016

ES: Crise hídrica derrubou agricultura capixaba em 2015

 

Representando 25% do Produto Interno Bruto (PIB) a agricultura capixaba sofreu em 2015 prejuízo estimado em R$ 1,2 bilhão, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura (Seag). A maior seca dos últimos 40 anos foi apontada como a culpada pela queda no setor. Construção de barragens, renegociação das dívidas e até anistia para os produtores foram soluções apresentadas para minimizar os impactos, em debate ao longo do ano na Assembleia Legislativa (Ales).

Carro chefe do segmento no ES, a cafeicultura teve a maior perda do ano em números absolutos, com queda de 50% na produção quando comparada a 2014. A safra de cana-de-açúcar despencou de 140 mil toneladas para apenas 10 mil toneladas neste mesmo período de acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

Uma comissão especial para debater a crise hídrica foi criada na Ales, que teve seu trabalho focado principalmente na busca de soluções para conter os impactos negativos na agricultura. O presidente do colegiado, Nunes (PT), afirmou que o principal foco está nas políticas públicas permanentes. “Caso o problema seja temporariamente solucionado, a comissão não pode deixar que o assunto caia no esquecimento”, ressalta.

Em uma das reuniões da Comissão da Crise Hídrica, o presidente do Centro do Comércio Capixaba de Café de Vitória (CCCV), Jorge Luiz Nicchio, destacou que além da seca, o aumento dos preços dos insumos agrícolas (cotados em dólar), contribuiu diretamente para o aumento da crise.

Já o ex-secretário de Agricultura do Estado, Enio Bergoli, defendeu diante do colegiado a construção de barragens nas regiões afetadas pela seca, afirmando que elas podem servir como alternativa para reduzir a força da água que cai em excesso sobre o solo que não está protegido, evitando assim prejuízos aos produtores.

Nunes afirmou que construções de barragens são importantes, mas que o colegiado vai discutir ações em longo prazo como, por exemplo, o reflorestamento. “Vamos conversar com o governo do Estado para que possamos traçar ações de trabalho para solucionar o problema da crise hídrica. O reflorestamento seria a principal alternativa para extinguir de uma vez esse problema”, garantiu.

Noticia10/ales

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