ES: Crise hídrica causa alta de 100% nos preços de hortifrutigranjeiros
O Espírito Santo é o estado que passa pelo maior problema de escassez de chuvas no Sudeste, segundo informações do instituto Climatempo. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência técnica e Extensão Rural (Incaper) afirma que esta é a pior crise hídrica da história capixaba. São 14 municípios em situação extremamente crítica de seca, sendo que oito deles decretaram situação de calamidade pública, e outros 10 estão em situação crítica. Dentre estes municípios, estão os principais produtores de frutas, legumes e hortaliças no Estado.
A situação acabou recaindo nos preços dos produtos. Nos últimos três anos, a alta nos produtos hortifrutigranjeiros é notória e o principal fator, segundo o gerente operacional da Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), Marcos Antônio Magnago, é o clima. Ele afirma que produtos como tomate, cenoura, pimentão, chuchu, quiabo e batata inglesa estão sofrendo altas absurdas em épocas que deveriam estar em queda. No caso destes produtos, em alguns casos as altas chegam a ultrapassar os 100%.
“Existem regiões que estão sofrendo severamente com a crise hídrica, como Santa Teresa, Itarana, Itaguaçu… Nessa época esperávamos uma queda relativa dos hortifrutigranjeiros, mas muitos tiveram uma cotação alta por causa da crise hídrica. Uma caixa de tomate, que está na faixa dos R$ 20, já teve cotação de R$ 40, R$ 45. De pimentão, que deveria custar de R$ 10 a R$ 14, está na faixa dos R$ 30. A cenoura, que deveria ser R$ 30 a caixa, já chegou aos R$ 60. O chuchu está a R$ 20 uma caixa, e nesta época deveria estar a R$ 10”, afirmou o gerente, que tem experiência de 30 anos na área.
Magnago diz que a crise hídrica ainda vem prejudicando a qualidade dos produtos, o que acarreta em baixo consumo. “Em função da pouca água, o tomate, por exemplo, não fica bonito, e isso reflete no preço e na hora de vender. Estávamos prevendo agora uma queda de preço, pois a temperatura cai, fica mais fácil produzir. Mas o que está acontecendo é outra coisa. Um calor absurdo quase em maio. Hoje o agricultor tem medo de plantar, pois se não tem irrigação, o investimento é em vão”, declarou o gerente.
Na tabela comparativa entre os preços médios dos últimos três anos, a alta é notória. O preço médio do tomate, por exemplo, passou de R$ 1,36 o quilo, em janeiro de 2015, para R$ 3,81, em janeiro deste ano, tornando-se quase três vezes mais caro. Neste mesmo período, a diferença na quantidade de tomate que chegou na Ceasa foi de mais de 1,6 milhão de quilos, uma oferta menor que o esperado, em função dos problemas climáticos.
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