ES: Café do Jacu, o café mais caro do mundo
A pequena cidade de Domingos Martins, na região serrana do Espírito Santo, abriga uma verdadeira joia da cafeicultura mundial: o café do jacu. Produzido exclusivamente na Fazenda Camocim, este café tem se destacado no cenário internacional não apenas pela sua qualidade excepcional, mas também pelo seu método de produção singular. Inspirado no famoso café Kopi Luwak da Indonésia, o café do jacu é retirado das fezes de uma ave silvestre nativa da Mata Atlântica, o jacu, e hoje é um dos cafés mais caros do mundo, com o quilo custando cerca de R$ 1800,00.
A produção do café do jacu é um exemplo de como a inovação e a sustentabilidade podem andar de mãos dadas. Diferentemente do Kopi Luwak, que envolve um processo mais invasivo com os animais, o café do jacu segue os ciclos naturais com o mínimo de interferência humana. O jacu, que outrora era visto como uma praga pelos cafeicultores, consome os grãos de café diretamente das árvores e defeca os grãos junto com outras frutas. A equipe da Fazenda Camocim recolhe essas fezes para processar os grãos, resultando em um café de sabor único e complexidade inigualável.
A história do café do jacu vai além do seu método inusitado de produção. Este café destaca-se pela sua contribuição para a conservação ambiental e pela promoção da biodiversidade. Ao utilizar o jacu, uma ave nativa da Mata Atlântica, como parte integrante do processo de produção, a Fazenda Camocim fortalece a importância de práticas agrícolas sustentáveis que respeitam e preservam o ecossistema local. Além disso, a fazenda adota práticas orgânicas e biodinâmicas, certificando-se de que a produção seja ecológica e ética.
O sucesso do café do jacu é um reflexo do crescente interesse global por produtos diferenciados e de alta qualidade que também são sustentáveis. A Fazenda Camocim, ao apostar em um método de produção tão inovador e ao mesmo tempo tradicional, coloca o Espírito Santo no mapa dos apreciadores de café gourmet ao redor do mundo. Este café não é apenas uma bebida de luxo, mas uma prova de que é possível harmonizar a produção agrícola com a conservação ambiental, criando um produto que é valorizado não só pelo seu sabor, mas também pelo respeito à natureza.
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