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Mulher - 3 de novembro de 2017

Ejaculação retardada afeta cerca de 4% dos homens e prejudica relação

A ejaculação precoce, em que o homem chega ao orgasmo muito rápido, é uma das disfunções sexuais mais comuns e preocupantes para os brasileiros. Mas o inverso, quando demora muito, é um problema que afeta cerca de 4% da população masculina e é conhecida como ejaculação retardada.

“Essa disfunção se caracteriza pelo período exageradamente longo que o homem leva para chegar ao orgasmo durante a relação sexual. Esse período varia, dependendo do grau da doença, e pode chegar a 1h30. Acontece também de o homem não conseguir chegar ao orgasmo. Esse quadro mais dramático é chamado de anorgasmia”, explica Maurisio Silveira, diretor técnico e coordenador médico da clínica Master Medical Group, especializada em medicina sexual masculina. O problema, que afeta homens de todas as idades, tem duas classificações: primária, que acompanha o homem por muitos anos, e secundária, causada por motivo externo.

“Alguns homens têm dificuldade para chegar ao orgasmo desde novo, quando começou sua atividade sexual. Outros desenvolvem o problema depois de algum tempo, mas antes dos 30 anos. Acontece também de ser causado por outro motivo, como diabetes descontrolada, ou lesões na medula”, diz o andrologista. Para solucionar o problema, os homens podem tomar remédios, sob orientação médica, que aumentam a sensibilidade peniana. Assim, a excitação fica maior, facilitando a chegada ao orgasmo.

“Os homens têm a questão cultural ligada à virilidade e acabam não assumindo o problema. Isso dá tempo para que ele evolua”, diz o médico. Não conseguir atingir o orgasmo pode fazer mal para a autoconfiança do homem e da pessoa com quem ele costuma fazer sexo. A dificuldade de ejacular pode ser confundida com falta de interesse e desejo sexual.

“A demora acaba provocando insatisfação na companheira ou companheiro, e pode ocorrer a dúvida se o parceiro está 100% na relação. A pessoa acaba achando que o problema pode ser com ela, por não conseguir dar prazer ao outro”, indica Maurisio. Para a sexóloga Priscila Junqueira, outros motivos que podem dificultar a chegada ao orgasmo são uma educação religiosa muito rígida ou mesmo conflitos do casal. Para resolver a situação, a terapia é indicada:

“Muitos ficam se questionando sobre o problema e isso traz prejuízo à autoestima. A autoconfiança vai ficar balançada trazendo prejuízos para ele e para a relação. Nesses casos, o recomendado é o casal fazer psicoterapia sexual ou mesmo conversar com o ginecologista ou urologista para buscar as causas e solucionar esse problema.”
Noticia10

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