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Mulher - 12 de abril de 2014

Dispareunia: Quando a dor impede o sexo!

 

A dor vaginal durante a penetração denomina-se dispareunia. Para seu diagnóstico e atenção é importante constatar em que lugar da vagina a dor se produz, se a mulher sempre a sentiu ou se a dor apareceu em algum momento de sua vida.

As vezes essa dor é tão intensa que a mulher não consegue relaxar e acaba evitando a relação sexual para não sofrer. A dispareunia pode desencadear um vaginismo, ou seja, a vagina se “fecha” involuntariamente e não permite a entrada nem se quer de um centímetro de um dedo. Os músculos perivaginais se fecham e parece não existir mais a entrada a vagina.

É comum que em algum momento da sua vida a mulher manifeste dor vaginal no momento da penetração e/ou durante uma relação sexual. Os motivos da dor podem ser variados. A presença de micoses (fungos), ou uma infecção de transmissão sexual (por exemplo: herpes) podem ser também as causas da dor vaginal e não são consideradas disfunções sexuais.

Um psicólogo com formação em sexologia e o ginecologista podem realizar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado. Em muitos casos o tratamento deve ser combinado. Uma observação é que, segundo especialistas, 90% das disfunções sexuais tem sua origem em causas psicológicas (na educação recebida, em situações traumáticas sofridas, fobias, etc).

A falta de lubrificação vaginal produz dor. Pode ter distintas origens: diminuição da produção de estrógenos durante o climatério e a menopausa, infecção vaginal ou urinária, presença de alguma infecção de transmissão sexual, entrada de algum medicamento que diminui a lubrificação, mudança no PH (acidez) das secreções vaginais, etc. Ainda que a mulher esteja suficientemente lubrificada para a penetração, durante a relação sexual a lubrificação pode diminuir e causar dor ou moléstia.

Tanto homens como mulheres sustentam a falsa crença de que necessitam do mesmo tempo para excitar-se. O homem geralmente atinge a ereção muito rápido, só com uma imagem já está excitado e pronto para a penetração. Dessa maneira, a mulher não dedica o tempo necessário para excitar-se, lubrificar-se e também não guia seu companheiro para que a estimule como lhe agrada. Esta situação é a causa de muitas disfunções e dificuldades sexuais tanto para homens como mulheres, entre elas, a dor vaginal na penetração

Uma maneira de atingir a excitação, ajudar à lubrificação e alcançar o orgasmo é a masturbação. Mas as mulheres a consideram um ato perverso para atingir a satisfação sexual. O clitóris é o órgão encarregado de desencadear o orgasmo na mulher. Os preconceitos e desconhecimentos inibem estes estímulos que são ideais para excitar-se e lubrificar-se, evitando assim a dor na penetração.

A dor surge também como resposta ao temor de que a relação sexual remeta a uma gravidez não planejada, temor a contrair uma infecção de transmissão sexual, etc. O tratamento psicológico é o mais adequado para tentar descobrir as causas da dor coital, se estas são de origem psicológica, emocional e/ou educacional.

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