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Homem - 11 de fevereiro de 2015

Disfunção erétil; um guia rápido sobre o assunto

 

Disfunção erétil é um assunto difícil de lidar, pois mexe diretamente com o ego masculino e a auto percepção de virilidade e potência do indivíduo. Também não é algo que se converse abertamente na mesa do bar com amigos. O resultado dessa mistura é um só: muitos homens sofrem calados, frustrados, vivenciando uma vida sexual de baixa qualidade tanto para si quanto para sua parceira(o).

Como o assunto interessa tanto a homens mais jovens quanto os mais maduros, HF publica uma entrevista exclusiva com um dos maiores especialistas no Brasil quando o assunto é Disfunção Erétil, o Dr. Carlos Augusto Cruz de Araújo Pinto, que explica mais sobre a doença e os possíveis tratamentos. Confira.

1 -Disfunção Erétil ainda é um fantasma para o homem maduro? como ela se manifesta?

Disfunção pode se manifestar de diversas maneiras : no jovem, geralmente é um problema que vem desde seu nascimento. É muito frequente jovens apresentarem disfunção e se automedicarem, o que é um erro. É valido ressaltar que no mundo de hoje a ingestão de drogas (maconha, cocaína etc..) e mesmo anabolizantes são fatores importantes que causam a disfunção. No idoso, a disfunção geralmente é decorrente de algum problema funcional ou hormonal como diabetes, hipertensão, tabagismo etc. Geralmente o homem vai perdendo a ereção ou a qualidade da mesma de maneira gradual.

2- Falando no público mais jovens, quais os riscos da automedicação? o que é 100% pode ficar 110%?

Para os jovens que não apresentam nenhum problema de ereção, não é aconselhável a automedicação porque pode levar à dependência tanto física como psicológica. O paciente que já tem 100% de ereção não ficará melhor. O que acontece é que os pacientes jovens usam substâncias nocivas à saúde (ex: álcool, drogas, anabolizantes etc…) e acabam tendo problemas de ereção e nesses casos acabam se automedicando, o que é um erro.

3- Qual a diferença entre uma broxada ocasional e a DE?

A perda de ereção ocasional pode ser decorrente de cansaço, fadiga, estresse, excesso de álcool ou cigarro ou mesmo após uma balada. A disfunção erétil é algo que se repete com o passar dos anos e torna-se uma coisa repetitiva.

4 – Homens com pressão alta e o diabetes são realmente os mais suscetíveis a doença, por quê?

Tanto diabetes como pressão alta alteram a circulação do pênis, alterando a pressão sanguínea dentro do pênis e com isso a qualidade da ereção. Alterações da tireoide, problemas cardíacos, alterações neurológicas também são grandes fatores de risco.

5- Muitos homens adiam a ida ao medico (até mesmo para um check-up anual), por pura vergonha ou constrangimento, como vencer essa barreira?

Importante lembrar que nos EUA, estudos demonstram que o homem leva 5 anos para procurar tratamento e no Brasil mais de 10 anos. Estou na minha clinica há mais de 25 anos e recebo pacientes com indicação cirúrgica há mais de 20 anos. O homem por puro machismo e/ou desconfiança adia sempre seu tratamento o que é um erro pois, o quanto antes iniciarmos o tratamento melhor o prognóstico do mesmo para o paciente. Muito homens preferem culpar as mulheres pelo problema o que também é um erro.

6- O paciente pode sair do consultório com um diagnostico?

O paciente vem ao consultório e faz avaliação clinica, hormonal, psicológica, radiológica através de color doppler peniano ou cavernosografia. Muitas vezes, há uma falta de orientação médica até porque não são muitos os médicos que gostam de abordar e se especializam na disfunção erétil. Na nossa clinica, os pacientes sentem-se bastante a vontade e, no caso dos pacientes com indicação cirúrgica, costumam conversar com outros pacientes que já foram operados. Dessa forma, torna-se mais ciente do problema e do que é o tratamento clínico (via oral ou injetável) e cirúrgico.

7 – Quais os tratamentos possíveis?

Os tratamentos de primeira linha seriam reposição hormonal (se houver necessidade) e medicamentos via oral (ex: Viagra, Cialis, Levitra, Helleva etc). Segunda linha incluem os injetáveis a base de prostaglandina e no último caso, terceira linha, seriam os implantes penianos (maleáveis e injetáveis).

8 – Disfunção Erétil e envelhecimento estão sempre de mãos dadas? é algo inevitável?

O pênis envelhece como o corpo. Geralmente as doenças que ocorrem com a idade acabam atrapalhando a ereção. Uma qualidade de vida saudável contribui para a diminuição dessas doenças paralelas e com isso uma menor probabilidade de problemas de ereção.

9- Então, é possível a grande maioria dos homens maduros venha a sofrer do problema?

Embora os estudos mostrem que mais de 52,2 % dos homens acima dos 50 anos de idade terão disfunção erétil de alguma forma, seja leve, moderada ou grave, acredito que esse número seja maior ainda. Há muitos homens com problema e que não buscam ajuda. As doenças associadas à idade (ex: hipertensão, arteriosclerose, diabetes e problemas cardíacos) irão sempre contribuir para que isso ocorra.

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