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Top Dicas - 5 horas atrás

Carne vermelha e processa eleva o risco de demência, aponta estudo

Pesquisa de Harvard e MIT com dados de quase 40 anos mostra que mudanças simples na dieta podem proteger o cérebro e melhorar a saúde cognitiva.

Um estudo recente realizado por cientistas do Mass General Brigham, da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revelou que trocar uma porção diária de carne processada por frutos secos e legumes pode reduzir o risco de demência em 19% e o declínio cognitivo em 21%. A pesquisa, que analisou dados de milhares de pacientes entre 1980 e 2018, destaca a importância da alimentação para a saúde do cérebro, um tema ainda pouco explorado nas diretrizes nutricionais atuais.

De acordo com Daniel Wang, professor assistente de nutrição em Harvard e autor correspondente do estudo, as recomendações dietéticas costumam focar em doenças crônicas como diabetes e problemas cardíacos, deixando de lado a saúde cognitiva. “Esperamos que nossos resultados incentivem uma maior discussão sobre a conexão entre dieta e saúde cerebral”, afirmou Wang. A descoberta reforça a ideia de que pequenas mudanças na alimentação podem ter impactos significativos a longo prazo.

No entanto, especialistas alertam que estudos observacionais, como este, não estabelecem uma relação direta de causa e efeito. Kevin McConway, professor emérito de estatística aplicada na The Open University, no Reino Unido, explicou que, embora a pesquisa compare grupos com dietas diferentes, não é possível prever exatamente o que aconteceria se uma pessoa mudasse seus hábitos alimentares. “O efeito poderia ser semelhante ou diferente das estimativas do estudo”, ponderou.

Além dos benefícios para o cérebro, a redução no consumo de carne vermelha processada já é recomendada por motivos ecológicos e de saúde. Organizações como a EAT e a revista The Lancet sugerem limitar a ingestão de carne vermelha a 98 gramas por semana, devido às suas associações com riscos de câncer intestinal e doenças cardiovasculares. McConway reforça que as diretrizes atuais já incentivam a substituição por fontes de proteína mais saudáveis, como aves, legumes e frutos secos.

O estudo abre caminho para novas discussões sobre como a dieta pode influenciar não apenas a saúde física, mas também a mental. Enquanto a ciência avança, uma coisa é clara: escolhas alimentares mais conscientes podem ser a chave para uma vida mais saudável e um cérebro mais protegido. Que tal começar hoje mesmo a incluir mais nozes e legumes no seu prato?
Noticia10

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