Brasil: Suzano é a maior produtora de papel e celulose do mundo, é brasileira e agora centenária
Com a Segunda Guerra Mundial dificultando a importação do papel, um imigrante empreendedor deu origem à empresa brasileira que se tornara a maior produtora de papel e celulose do mundo e que completa 100 anos nesta segunda-feira, 22. Com fábricas nos estados do Pará, Maranhão, Ceará, Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, escritórios em 10 países, 1,6 milhão de hectares de florestas plantadas no Brasil e 40 mil funcionários diretos e indiretos.
Tudo começou quando o ucraniano Leon Feffer chegou ao Brasil, em 1920, o cenário econômico marcado pela cafeicultura e pela importação de mercadorias o estimulou a abrir uma loja própria e a comercializar diferentes produtos, inclusive o papel. Em 1949 o filho Max Feffer começou a atuar na empresa e entre os principais marcos de sua passagem está a liderança das pesquisas para produzir celulose no Brasil por meio do eucalipto. Em 1955 é fundada a fábrica em Suzano (SP), e logo no ano seguinte a empresa passou a produzir a celulose a partir da fibra de eucalipto, o que revolucionou a indústria de celulose no Brasil e no mundo.
Atualmente, a empresa vale em bolsa mais de R$ 70 bilhões, possui receita líquida anual em cerca de R$ 50 bilhões e capacidade produtiva na ordem de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano. Além disso, a empresa ainda adquiriu os ativos florestais da Parkia e da Vitex por US$ 667 milhões, ativos de papéis tissue da Kimberly-Clark no Brasil por cerca de R$ 875 milhões e, mais recentemente, as terras do BTG Pacrual por R$ 1,83 bilhão. Ainda há outros projetos em execução.
O investimento contínuo é a marca dos 100 anos da Suzano no mercado brasileiro. A Suzano celebra seu centenário em meio ao maior ciclo de investimentos de sua história – nos últimos quatro anos a companhia investiu mais de R$ 60 bilhões em suas operações. Apenas em 2023, os aportes da maior produtora de celulose de mercado do mundo somaram R$ 18,5 bilhões. Para este ano, a empresa espera desembolsar outros R$ 16,5 bilhões.
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