Brasil anuncia que a Indonésia será o primeiro novo membro pleno do Brics em 2025

O governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira (6) que a Indonésia será o primeiro novo membro pleno a integrar o Brics a partir de 2025. Com mais de 284 milhões de habitantes, o país asiático é a quarta nação mais populosa do mundo e detém a décima maior economia global em paridade de poder de compra, de acordo com o Banco Mundial.

Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil saudou a adesão da Indonésia ao bloco. “Detentora da maior população e da maior economia do Sudeste Asiático, a Indonésia partilha com os demais membros do grupo o apoio à reforma das instituições de governança global e contribui positivamente para o aprofundamento da cooperação do Sul Global, temas prioritários para a presidência brasileira do Brics”, destacou o comunicado.

A decisão de integrar a Indonésia ao Brics foi formalizada na cúpula realizada em Joanesburgo, África do Sul, em agosto de 2023. No entanto, o processo só foi oficializado após as eleições presidenciais indonésias de 2024. “Os países do Brics, por consenso, aprovaram a entrada da Indonésia no agrupamento, em consonância com os princípios orientadores, critérios e procedimentos da expansão do quadro de membros acordados em Joanesburgo”, explicou o Itamaraty.

Atualmente, o Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2024, o bloco já havia recebido cinco novos membros efetivos: Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita. A expectativa é que outros países, como Cuba, Bolívia, Malásia, Tailândia, Nigéria, Turquia, Argélia e Vietnã, também ingressem como membros plenos ou parceiros em breve.

A presidência rotativa do Brics está sob responsabilidade do Brasil desde 1º de janeiro deste ano e se estenderá até 31 de dezembro. Durante o período, o país tem priorizado o fortalecimento da cooperação entre as nações do Sul Global e a inclusão de novos integrantes no bloco.

A adesão da Indonésia representa um passo significativo para o Brics, que busca ampliar sua influência em cenários internacionais e reforçar o papel dos países emergentes na definição de políticas globais. Com sua vasta população e economia dinâmica, o país asiático traz contribuições estratégicas para os objetivos do grupo.
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