Belo Horizonte : Festival de Outono das Américas celebra a latinidade
Dedicado à valorização dos países do Continente das Américas, por meio de seus produtores e criadores culturais, o evento é uma iniciativa do Instituto Âmbar, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Realizar pesquisas e promover eventos culturais e artísticos, além de incentivar o intercâmbio cultural de tradições dessas localidades, é uma das missões do organizador.
Na próxima sexta-feira (16/6) e no sábado (17/6), as atrações vão apresentar seus números de teatro, dança, música, contação de histórias, instalações artísticas e outras manifestações culturais para o público. Inédito na capital, o Festival de Outono das Américas tem ingressos vendidos a R$ 30 (inteira).
Sexta-feira
As festividades latinas começam na sexta (16/6) com os brasileiros do Teatro Brujo, que usam as artes cênicas para trabalhar o desapego e desconstrução. Na sequência, a boliviana Marcela Morón sobe ao palco para defender seu repertório que viaja pelas Américas e pela Península Ibérica.
A voz expressiva da chilena Claudia Manzo vem a seguir, com o show “América por una mirada femenina”. Oralidade e tradição ancestral servem de base para a contação de histórias da brasileira Abigail Burgos. Ela antecede o argentino Daniel Namkhay, que compõe músicas inspiradas em tradições xamânicas interpretadas a partir da vibração de instrumentos criados com diversos materiais naturais, como madeira, barro, pedras, cristais e cabaças, além de flautas nativas, tambores de barro, de couro e de bambu, kalimbas, apitos e sementes da Amazônia e outros exóticos instrumentos provenientes de suas viagens e pesquisas pelo mundo.
A potência latina continua no sábado (17/6), com o retorno aos palcos dos integrantes do Teatro Brujo, seguidos pela brasileira Lívia Itaborahy. Ela mostra seu show “La Frontera”, com releituras de tangos consagrados, zambas e ritmos latinos. Utilizar da música para construção de uma ponte entre o ancestral e o contemporâneo é o objetivo do Kokopelli, grupo musical da capital mineira que também recheia a programação.
Também de Belo Horizonte, o Roda Viva é um grupo que irá representar o segmento da dança ao apresentar técnicas contemporâneas mescladas a movimentos de tradições ancestrais do México. O México encerra o evento com a apresentação de Erika Valero, com o projeto “Ixachilanka – Aquí donde se extiende nuestro rostro”, que se apresentam no Brasil pela primeira vez. Os músicos difundem o canto tradicional nas línguas maternas como náhuatl, maya, mixteco, zapoteco, entre outras, e promovem as tradições mexihca, azteca, chichimeca e tenochca.
O Festival de Outono das Américas é dedicado à valorização das Américas através de seus produtores e criadores culturais. A iniciativa é do Instituto Âmbar, através do projeto Direções do Ser, que tem em suas ações o objetivo de realizar pesquisas e promover eventos culturais e artísticos, além de incentivar o intercâmbio cultural de tradições do continente americano. De acordo com os organizadores, o olhar para a cultura das Américas, reconhecendo suas ancestralidades como referências de origem, de legados e de similaridades com o Brasil, reforça a importância de se avançar na nossa própria história e enriquecer os projetos culturais que possam vir desse encontro.
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