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Educação - 7 de outubro de 2015

BA: Sepromi e Uefs discutem ações afirmativas no ensino superior

 

No esforço para o enfrentamento à discriminação racial e de gênero e às demais formas de violação de direitos no cotidiano do ensino superior, a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) decidiu implantar uma ouvidoria, que deve iniciar o atendimento em novembro. A ideia é que o canal não sirva apenas para recebimento de denúncias. “Precisamos ser proativos, especialmente nessas questões, educando a comunidade para convivência com a diversidade”, explicou o reitor Evandro Silva para a titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Vera Lúcia Barbosa, durante encontro na sede da pasta, em Salvador, nesta terça-feira (6).

Outro ponto destacado pelo reitor da Uefs é o uso do nome social pelos educandos – reivindicação da comunidade LGBT, incorporada pela instituição de ensino. Aliado a esta ação, segundo ele, há necessidade de preparação do público interno para o respeito a outro direito, especificamente o da liberdade religiosa, uma vez que é preciso preservar a universidade como ‘um espaço laico’.

Ainda na reunião foram discutidas políticas para democratizar o acesso e permanência de cotistas, que hoje somam mais de 4,7 mil oriundos da escola pública na universidade. Nesse âmbito, Evandro ressaltou a importância de iniciativas para nivelamento do conhecimento pelos calouros, principalmente em produção de texto e matemática, além de acompanhar o seu desenvolvimento.

Vera Lúcia Barbosa parabenizou a atuação da Uefs na Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia, que é composta por instituições do poder público, universidades, órgãos que formam o Sistema de Acesso à Justiça e um conjunto de organizações da sociedade civil sob a coordenação da Sepromi. Ela colocou, ainda, a equipe da pasta à disposição para formular parcerias ligadas à temática, seja nessa instância ou no grupo de trabalho da educação, apontando a Década Estadual Afrodescendente como oportunidade para realização de diversas atividades conjuntas.

A capacitação de professores na área das relações raciais é outro desafio, assim como a ampliação e criação, respectivamente, das residências indígena e quilombola. Atualmente, são oferecidas duas vagas para cada segmento nos cursos de graduação da universidade. Também participaram da reunião o coordenador de Promoção da Igualdade Racial da Sepromi, Sérgio São Bernardo, o assessor especial da pasta, Ailton Ferreira, e Otto Agra, da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) da Uefs, que completa um ano no próximo dia 24.

Secomba/noticia10

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