BA: governador anuncia parcerias para pesquisas voltadas à cafeicultura
Os cafeicultores baianos vão contar, para melhorar a produção, com pesquisas realizadas em parceria entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), universidades baianas e a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa). A novidade foi anunciada pelo governador Rui Costa, na manhã desta segunda-feira (11), durante a abertura do 16° Simpósio Nacional do Agronegócio Café, que continua até quarta (13), no Othon Palace Hotel, no bairro de Ondina, em Salvador.
Rui avalia que a cafeicultura é muito importante na Bahia e afirma que o Estado está trabalhando para a expansão da atividade em várias regiões. Ele anunciou parcerias para incentivar a pesquisa. “Temos na Bahia seis universidades federais e quatro estaduais, além dos institutos federais [Ifbas]. Os produtores poderão provocar os pesquisadores e para cada real privado, investido em pesquisa na Bahia, eu garanto colocar mais um real, por meio da Fapesb [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado]. Eu entendo que a pesquisa é fundamental para alavancar a produtividade”.
Ainda de acordo com o governador, o Estado está apostando também em obras estruturantes para reduzir os efeitos da seca na cultura do café. “Temos investimentos em grandes barragens e adutoras e também projetos capilares, com sistemas menores, como barragens subterrâneas e pequenos barramentos, proporcionando água para os pequenos produtores. A ideia é aumentar a capilaridade desses investimentos amenizando a falta de distribuição de água ao longo do ano”.
Pequenos agricultores e grandes empresários
Natalino Alves da Silva é pequeno agricultor e faz parte de uma associação com 22 produtores na região de Itamaraju, no sul do estado. “Esses investimentos que o governo está fazendo vão ser bons porque o agricultor, às vezes, fica trabalhando de forma inadequada. Eu vendi um gado e comprei uma área para plantar café. Com pesquisa e assistência técnica, vai melhorar a produção e teremos um retorno melhor. Vai ficar mais fácil pagar as prestações da fazenda”.
Segundo o presidente da Associação dos Cafeicultores, João Alves, cerca de 19 mil produtores de café, que sustentam a família com a atividade, serão beneficiados. “Agora nós vamos ter um foco maior na pesquisa e na assistência técnica, com o governo se dedicando a isso. Teremos recursos do Funcafé, pois é o que o governador está autorizando a Secti a fazer”.
O empresário Sílvio Leite é paulista e informa que adquire grãos de pequenos agricultores que produzem café especial na Bahia. “A Chapada Diamantina é nosso principal foco, mas também compramos no cerrado baiano, na região de Vitória da Conquista e em Barra do Choça, elaborando os melhores ‘blends’ oferecidos ao mercado brasileiro”. Ele diz que sua formação é de classificador e degustador de café. “Eu estava no exterior, fiz um trabalho com cafés produzidos no mundo inteiro e me engajei na cafeicultura baiana há 20 anos. Hoje estou muito feliz”.
Bahia conquista prêmios de qualidade
No evento, o pesquisador José Brás Matiello foi homenageado pela sua contribuição para a cafeicultura e aprovou a iniciativa do financiamento. “Eu acredito que a formação da equipe é importante para pesquisa e, como o governador disse, é fundamental a pesquisa aplicada. A gente sempre tem batalhado nisso, a pesquisa tem que resolver problema do agricultor e não somente criar conhecimento”.
Para o economista Paulo Rabello, especialista em cafeicultura, a Bahia, se não for a maior produtora de Café, deverá ser sempre a melhor. “Isso está demonstrado com a sequência de prêmios de qualidade que os cafeicultores baianos têm recebido. O fato de o governo estar sensível ao aumento da produtividade e à melhoria da comercialização é um fato auspicioso”.
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