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Economia - 22 de outubro de 2014

BA: Enseada Indústria Naval aquece economia e gera empregos no Recôncavo

 

Com 80% das obras já concluídas, a Enseada Indústria Naval é considerado o maior projeto privado da Bahia dos últimos dez anos. Localizado às margens do Rio Paraguaçu, na Baía do Iguape, em Maragogipe, o empreendimento tem movimentado a economia e ampliado as perspectivas de desenvolvimento na região do Recôncavo, desde o início das obras, em março de 2012.

Atualmente cerca de cinco mil trabalhadores – 70% dos quais da região – fazem parte do quadro de funcionários. Parte trabalha na linha de produção da Enseada e, a outra, no Consórcio Estaleiro Paraguaçu, responsável pelas obras. Seis dos 29 navios-sondas que serão utilizadas pela Petrobras para exploração do pré-sal serão construídas em Maragogipe.

No dia 10 de outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) concedeu a Licença de Operação (LO) à Enseada. Desde então, o empreendimento, que é formado por três grupos nacionais e um japonês, tem autorização para iniciar a produção. Entre os equipamentos que estão sendo montados na Enseada se destaca o maior guindaste do Brasil, com 150 metros de altura, equivalente a um prédio de 50 andares.

Moradora da localidade de São Roque, Marize Matos, 41 anos, é um dos exemplos de profissional que, em pouco tempo, cresceu na empresa. “Entrei aqui como copeira, fiz o curso para operadora de pórtico e trabalhei seis meses na função. Hoje estou como operadora de ponte rolante”, contou e se emocionou ao dizer que sua casa foi construída e mobiliada depois após ser contratada pelo consórcio. Ainda segundo Marize, há poucos dias ela se sentiu anda mais “realizada” por ter trabalhado na obra juntamente com o filho.

De acordo com o gerente de obras, Marcus Holanda, a primeira encomenda está prevista para ser entregue à Petrobras em julho de 2016. O navio-sonda Ondina é o primeiro a ser construído. Os outros cinco navios – Pituba, Boipeba, Interlagos, Itapema e Comandatuba – estão programados para a entrega gradativa no decorrer dos próximos cinco anos. “Temos investido no treinamento e qualificação da mão de obra local para que a gente consiga garantir o compromisso que temos com o governo com a Bahia. A vinda para cá foi bastante estimulada”.

Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o estaleiro, a exemplo da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) e o Porto Sul – os dois em andamento na Bahia – integram o conjunto de projetos estratégicos delineados pelo governador Jaques Wagner. “Este estaleiro deve se tornar um dos maiores do Brasil. É a redenção para a região do Recôncavo.

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