Atrizes viram prostitutas para série e descobrem nojo e desprezo
A história da famosa prostituta Bruna Surfistinha será contada pela primeira vez na TV em #MeChamaDeBruna, nova série do canal Fox + Premium. Quem a interpreta é uma atriz iniciante: Maria Bopp, 25 anos. A trama mostra o primeiro ano de Bruna em uma casa de prostituição, com ênfase nos conflitos internos e externos da então adolescente, que não se dá bem com as demais garotas do local. Todas as atrizes da série passaram por laboratório em um bordel, chegaram a fingir que eram prostitutas reais nas ruas do Rio de Janeiro e sentiram na pele o preconceito. “É impressionante o nojo que as pessoas têm”, descobriu uma delas.
Para a atriz Nash Laila, que faz uma das garotas de programa, o desprezo foi surpreendente. “Depois de um tempo de ensaio, eu e Maria [Bopp] fomos experimentar a rua por um dia, só para ver o que iria acontecer. Colocamos salto alto e minissaia. De fato, os caras começaram a parar, era uma coisa estranha. Tem a parte do medo, um homem abordou Maria na frente de um shopping, onde tem famílias. As pessoas já olham para você de lado, olham diferente. Pessoas com quem você está acostumada a falar na rua já não se comportam do mesmo jeito”, lembra.
O estranhamento também ocorreu durante as filmagens. “Eu tinha 19 tatuagens para gravar e saía no Leblon assim, era verão, estava calor. [Vi como] É impressionante o preconceito, a rejeição, o nojo que as pessoas têm. Eu entrava às vezes numa loja e as pessoas me tratavam quase como se [eu] desse choque”, conta Carla Ribas, que interpreta a gerente do “privê”.
Para Maria Bopp, o desafio foi ainda maior. Bruna Surfistinha é apenas seu segundo papel como atriz profissional _o primeiro foi uma pequena participação na série Oscar Freire 279, do Multishow, que também explorava o tema da prostituição. Desta vez, a atriz aparece nua em diversas cenas, principalmente em sequências de sexo completamente desprovidas de romance.
“Me surpreendi comigo mesma, achei que teria mais dificuldade, que poderia travar, ficar com medo mesmo. Mas aconteceu tudo muito naturalmente. O fato de ter uma diretora mulher me tranquilizou, eu acreditava que teria um olhar responsável por trás das câmeras, que [ela] não exploraria meu corpo gratuitamente”, diz.
Marcia Faria, a diretora geral, defende as cenas “cruas” e secas de sexo de #MeChamaDeBruna, em que a expressão de sofrimento da protagonista chama a atenção. “O sexo na série tem sempre uma função dramática. A gente procurou [fazer com que] cada uma das muitas cenas de sexo significasse alguma coisa. Porque acho que na vida real também significa. A primeira transa tem uma transformação da personagem. Ela começa de um jeito cru, com um homem que nunca viu na vida, e durante o ato vai percebendo que pode fazer aquilo”, explica.
Noticia10/uol
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