Amor impossível de “Boa Sorte” fez Deborah Secco lutar por papel no filme
A relação de Deborah Secco com seu novo filme, “Boa Sorte”, é de longa data. A atriz, que interpreta uma soropositiva, revela que se encantou pela personagem Judite assim que a conheceu ao ler o conto “Frontal com Fanta”, do cineasta Jorge Furtado, no qual o longa é baseado. “Fiquei encantada. Falei para o Jorge: ‘A Judite sou eu'”, diz Deborah, que repetiu a frase para a cineasta Carolina Jabor, assim que soube que ela faria o filme.
Nesta semana, a atriz tem assistido a algumas sessões de pré-estreia do filme no Rio de Janeiro, onde grava a novela “Boogie Oogie” (Globo), para ver de perto a reação do público, que muitas vezes derrama lágrimas na parte final da história. “Vocês já sabem que eu adoro ver o filme e, quando posso, estou sempre lá nas últimas sessões”, contou Deborah.
Judite não é apenas uma jovem viciada em drogas e doente em estágio terminal, mas também uma sonhadora que encontra o amor de sua vida, João (João Pedro Zappa), em uma clínica psiquiátrica. A trama soa familiar para os fãs do filme “A Culpa é das Estrelas”, de Josh Boone. “É melhor [do que filme americano]”, brincou a atriz, durante a entrevista coletiva sobre “Boa Sorte”.
“Amor capaz de mudar uma vida”
E o amor impossível da personagem pode, sim, angariar uma bilheteria boa para o longa. Pelo menos foi isso que fez Deborah se desmanchar pelo papel. “O que mais me emociona é que eu realmente acredito no amor capaz de mudar uma vida”, explica. Os relacionamentos de Deborah, sempre expostos na mídia, na verdade encontraram eco nas decisões da atriz. “As pessoas não acreditam nesse conto de fadas, e a sociedade cada vez mais está colocando o amor de forma descartável. Fui ficando em silêncio quanto a essa crença que eu tenho. A Judite me ensinou que eu não preciso ficar calada.”
Ainda segundo Deborah, o filme também é mais um passo para sua independência como atriz e carta de alforria do que considera seu calcanhar de Aquiles: o rótulo de “boazuda”. O caminho começou a ser traçado em “Bruna Surfistinha”, no qual ela vive uma garota de classe média que passa a se prostituir. Com medo de isso apenas reforçar estereótipos, amigos de Deborah pediram: “não entre nessa”. Mas ela meteu as caras. “O ‘Bruna’ era um grito que eu precisava dar. Nem que eu tenha que expor o que as pessoas mais critiquem em mim para poder ter 40 minutos de dramaturgia e atuação… Eu não vou abrir mão disso”, conta.
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