Álcool na adolescência podem provocar danos duradouros ao corpo e ao cérebro
Um estudo realizado pela Universidade de Memphis, nos Estados Unidos, sugere que, ao beber demais, adolescentes podem provocar danos duradouros ao corpo e ao cérebro. Os pesquisadores dizem que os resultados mostram que o álcool pode ser particularmente prejudicial quando consumido em fases em que o corpo ainda está se desenvolvendo.
Um grande número de estudos tem mostrado que quanto mais cedo um indivíduo começa a ingerir bebidas alcoólicas, maiores as chances de que ele tenha problemas relacionados ao álcool na idade adulta. No Brasil, pesquisas mostram que 48,3% dos adolescentes, dos 12 aos 17 anos, ingerem álcool, com índice de dependência chegando a 5,2%. Dos estudantes brasileiros de 13 a 24 anos, 10% consomem regularmente bebidas alcoólicas.
Os números são preocupantes, pois o consumo excessivo de bebidas alcoólicas acaba estimulando o uso de drogas ilegais. Como consequência direta está o elevado percentual de jovens envolvidos com o tráfico de drogas, roubos e assaltos. O resultado do tráfico é o grande número de adolescentes assassinados no país.
Os especialistas estão alarmados com o elevado índice de dependentes em álcool. Eles estão cientes que essa é uma porta aberta para o perigoso terreno das drogas ilícitas. A sociedade brasileira precisa estar atenta e intensificar as campanhas de combate ao uso de drogas lícitas (álcool e cigarro) e ilícitas.
O fato é que a maioria dos jovens brasileiros reconhece que o álcool causa danos ao organismo. Eles começam a beber, por curiosidade, pelo desejo de inserção social, para esquecer problemas familiares e para “ter coragem” nas “paqueras”. Os jovens brasileiros precisam estar cientes dos riscos causados pela ingestão de bebidas alcoólicas na adolescência.
Pais, professores e autoridades públicas de saúde devem se preocupar mais com o problema. Além de afetar o nível de aprendizado desses adolescentes, o que era uma simples curiosidade pode ser transformar em um vício perigoso. Por isso, o Juizado da Infância e Adolescência deve tratar de forma dura os comerciantes que vendem bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.
Noticia10/ascom
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