BA: O Agro é “Delas”: liderança feminina marca nova era no agronegócio baiano

A partir de 2025, o agronegócio baiano será liderado por mulheres em suas duas principais entidades de classe. Mariana Lisbôa, segue a frente da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), e Alessandra Zanotto, que assume a presidência da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), simbolizam uma nova era de representatividade e inovação no setor.

Contexto: números que destacam a força do agronegócio baiano
O agronegócio é um dos pilares da economia da Bahia, com números expressivos em 2023/2024. A safra de algodão ocupou 345,4 mil hectares, resultando em uma produção de 662,8 mil toneladas. No setor florestal, o estado conta com 618 mil hectares de florestas plantadas, 95% compostas por eucalipto. Esses dados refletem a relevância das duas entidades que, agora, têm à frente lideranças comprometidas com o avanço sustentável e a competitividade global.

Muita competência como currículo
A trajetória de ambas as líderes reforça suas credenciais. Mariana Lisbôa traz mais de 20 anos de experiência em áreas como ESG, mudanças climáticas e licenciamento ambiental, consolidando a ABAF como referência em sustentabilidade. Já Alessandra Zanotto, que começou na Abapa como tesoureira há oito anos, administra uma propriedade de 5.500 hectares e se destaca pela gestão eficiente e visão de mercado, fatores que a levaram à presidência da associação.

Desafios e metas para as novas gestoras
Mariana Lisbôa seguirá com o desafio de ampliar a sustentabilidade no setor de base florestal. Entre as metas estão o fortalecimento do programa de descarbonização e reflorestamento, além de fomentar a integração de pequenos produtores na cadeia produtiva. “Nosso foco é consolidar o papel da ABAF como referência em práticas sustentáveis, promovendo inovação e desenvolvimento socioeconômico para o estado”, afirmou a presidente reeleita.

Alessandra Zanotto, por sua vez, terá como missão garantir a expansão da área plantada e a consolidação do algodão baiano como um dos mais competitivos do país. Outro ponto estratégico será a ampliação de parcerias internacionais, aumentando a visibilidade do algodão produzido na Bahia no mercado global.

Um marco para o agronegócio e a liderança feminina
A presença de Mariana Lisbôa e Alessandra Zanotto à frente das principais entidades do setor reforça não apenas o papel estratégico da Bahia no agronegócio, mas também o avanço da liderança feminina em um campo historicamente dominado por homens.

Essas mudanças apontam para um futuro onde sustentabilidade, inovação e igualdade de gênero estarão no centro das decisões que moldarão o desenvolvimento econômico e social do estado. Para o público e o setor, a liderança feminina no agronegócio é uma vitória que promete colher frutos ainda mais significativos nos próximos anos.
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