ES: Capixabas na lista dos que mais morrem por consumo de álcool

O Espírito Santo está em alerta, ocupando o segundo lugar no ranking nacional de mortes relacionadas ao consumo de álcool, com a taxa chocante de 39,4 óbitos por 100 mil habitantes. Esses números assustadores superam a média nacional de 32,8 e deixam claro que existe um problema bem maior do que a tradicional “cervejinha social”. O álcool, que para muitos é visto como um lazer inofensivo, está tirando bastante vidas capixabas.

Apesar de uma leve redução nas taxas de internação atribuídas ao álcool nos últimos 13 anos, os hospitais continuam abarrotados de homens entre 35 e 54 anos, cujas vidas foram devastadas pelo consumo descontrolado. O que deveria ser um simples prazer tem levado pessoas à morte alimentando doenças hepáticas e transtornos mentais. Um empresário aposentado, que hoje celebra 15 anos de sobriedade, compartilhou sua jornada de reabilitação com o apoio dos Alcoólicos Anônimos (AA). E”O alcoolismo é uma doença tanto física quanto mental, e é preciso mudar radicalmente os hábitos para escapar desse pesadelo”, declarou.

A Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) tem monitorado o problema de perto, mas o cenário atual exige mais do que vigilância. A Rede de Atenção Psicossocial, com suas unidades básicas de saúde, ainda são limitadas e acabam sobrecarregando. Esses fatores complexos reforçam a urgência de iniciativas que promovam a conscientização e o tratamento, visando a redução dos impactos do consumo excessivo de álcool na saúde pública do Espírito Santo.

Ranking de maior taxa de óbitos por álcool em 2022
Paraná – 42.0; Espírito Santo – 39.4; Piauí- 38.9; Tocantins – 38.4; Rio Grande do Sul- 38.0; Bahia- 37.4; Pernambuco 37.3; Ceará – 36.2; Sergipe- 35.6; Goiás- 35.4; Minas Gerais- 35.1; Mato Grosso do Sul – 35.1; Mato Grosso- 34.9; Alagoas- 34.2; Paraíba- 34.0; Rio Grande do Norte- 33.0; Brasil – 32.8; Santa Catarina – 30.1; São Paulo- 29.3; Rio de Janeiro- 28.6; Distrito Federal – 28.3; Maranhão – 27.4; Rondônia – 26.9; Pará – 23.8; Amazonas – 23.6; Acre – 21.4 e Amapá – 21.2.
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