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Política - 12 horas atrás

Centralidade das mulheres na nova agenda global é destaque em evento paralelo do G20

Em um evento paralelo ao G20, realizado nesta quinta-feira (10), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a importância de colocar as mulheres no centro das decisões globais. “Precisamos discutir o futuro com a centralidade das mulheres nos espaços de poder e no combate às desigualdades, sejam elas econômicas, de gênero ou de raça”, afirmou a ministra. O encontro foi organizado pelo Grupo de Trabalho de Empoderamento das Mulheres (EWWG) em parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), reforçando o papel da mulher na construção de uma nova ordem global.

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, também participou do evento e destacou que, mesmo entre as maiores economias do mundo reunidas no G20, ainda há dificuldades em superar a violência de gênero e a desigualdade econômica. “O grupo EWWG trouxe pautas essenciais que mostram a urgência de transformar essa realidade. Precisamos de uma nova globalização, com uma economia pensada e desenvolvida a partir da perspectiva das mulheres”, disse Janja, apontando para a importância de uma abordagem mais inclusiva e equitativa.

A questão da igualdade de gênero e da divisão justa de responsabilidades, especialmente no que diz respeito aos cuidados domésticos e familiares, foi um ponto central do evento. Estefânia Laterza, representante do CAF no Brasil, ressaltou que as mulheres ainda enfrentam enormes desafios para alcançar o mesmo poder que os homens no mundo. “Essa desigualdade tem rosto de mulher e está profundamente ligada à discriminação e à violência, além da divisão desigual dos cuidados, que priva as mulheres de oportunidades iguais”, explicou Laterza.

Além das questões de empoderamento, o evento destacou a transversalidade do tema de gênero nos diversos grupos de trabalho do G20, como Comércio e Investimentos, Sustentabilidade Ambiental e Climática, e Educação. Janaina Batista Silva, representante do grupo de Comércio, enfatizou que o Brasil é pioneiro na coleta de dados desagregados por gênero, e que essa prática fortalece o monitoramento e a criação de políticas para promover a participação feminina. A participação ativa da sociedade civil, especialmente por meio de grupos de engajamento como o Women20, também foi celebrada como um avanço para a inclusão das mulheres na agenda global.
Noticia10

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